Em substituição da barragem eliminada, a mineradora iniciou a construção de uma nova estrutura com um método mais seguro
A Vale iniciou o mês de agosto anunciando que a barragem Baixo João Pereira, que continha os sedimentos provenientes das operações da Mina de Fábrica, em Congonhas, foi totalmente descaracterizada. De acordo com o informe, a estrutura em questão tinha método a montante e foi eliminada com remoção total dos sedimentos, dos alteamentos e dos maciço.
De acordo com a companhia, a barragem em Congonhas é a oitava estrutura do tipo eliminada desde 2019, quando começou o Programa de Descaracterização da empresa. Durante as obras de eliminação, foram gerados cerca de 230 empregos, a maioria para residentes da região de Congonhas.
Em substituição da barragem eliminada, a Vale iniciou a construção de uma nova estrutura com um método mais seguro, em etapa única, para cumprir a mesma função e manter o controle ambiental da região. A nova construção está prevista para ser concluída o final do ano e não existem moradores na Zona de Autossalvamento da barragem.
A eliminação de barragens a montante faz parte do compromisso selado pela Vale para que nos municípios onde a mineradora opera não aconteça o que ocorreu em Brumadinho no ano de 2019, em que 270 morreram após o rompimento da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão.
Todo o processo, assim como as demais atividades do Programa de Descaracterização da empresa, é acompanhado pelos órgãos competentes e pela auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Outra barragem em Minas também foi eliminada
Além da estrutura em Congonhas, a Vale anuncia que o Dique 4 da barragem Pontal, em Itabira, também passou pelo mesmo processo e foi eliminada. A estrutura não recebia rejeitos desde 2014 e o material removido (cerca de 3,7 milhões de m³) foi disposto em área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal. Não havia moradores ou comunidades dentro da ZAS. Cerca de 130 trabalhadores, entre diretos e terceirizados, sendo mais de 70% da mão de obra local de Itabira, atuaram nas atividades. As obras complementares na estrutura, como a revegetação da área e drenagem, seguirão ao longo deste semestre.
No comunicado, a Vale ressalta que as obras de descaracterização são complexas, com soluções customizadas para cada estrutura, e que estão sendo realizadas de forma cautelosa. Ao todo, das 30 estruturas construídas pelo mesmo método da barragem de Brumadinho, já são nove eliminadas desde 2019. Ao final de 2022, serão 12, que representam 40% das estruturas previstas no Programa de Descaracterização da empresa.
FONTE MAIS MINAS