A história de 8 artistas decadentes que, em meio à pandemia, encontrarão abrigo e esperança no Jeca Tatu
A força da Arte. Esse é o nome do longa-metragem que teve o começo de suas filmagens neste sábado (30/7) no Museu Jeca Tatu, em Itabirito (Região Central de Minas).
Trata-se de uma história de ficção (com pitadas de realidade) que contará a história de oito artistas decadentes, que lutam contra seus demônios, suas crenças limitantes, e que perderam tudo em meio à pobreza provocada pela pandemia. Caminhando pela estrada, sem rumo, esses artistas são acolhidos, por Leonardo Ruggio, no Museu Jeca Tatu.
Ruggio, o dono do Museu na vida real, é o idealizador do filme e será um dos atores, representando ele mesmo. “Foi um ano e meio colocando as ideias em prática, fazendo toda a programação, criando o roteiro e escolhendo elenco e produção. E hoje (sábado) é o começo dos trabalhos”, disse ele em entrevista ao Radar Geral.
O distrito itabiritense de São Gonçalo do Bação (e outros pontos de Itabirito) serão alguns dos cenários. “Vamos falar de ecologia, teremos oficinas reais, com a ‘terceira idade’ e na Apae, que serão usadas em cenas. Para isso, vamos contar com a comunidade: pessoas de Itabirito, que estarão no filme, como atores e figurantes”, disse Ruggio.
Abertura
Com música de abertura composta e cantada por Sofia Laura (tendo arranjos e produção de Paulinho Soledade), a cantora (que já passou por um reality na TV Globo) também será uma das atrizes. “Muitos não imaginam que de uma cabeça como de Leonardo Ruggio pudesse sair algo tão magistral. Existe uma tendência de menosprezar quem vive em cidades pequenas. Mas a verdade é: nesses locais, sempre encontramos pessoas geniais”, disse Sofia.
O que esperar do resultado?
Quando se pensa em cinema nacional, a qualidade (algumas vezes) é questionada pelos próprios brasileiros (mesmo antes de assistir ao filme). Perguntado a respeito desse aspecto em específico, o produtor Tiago Jesus Ferreira respondeu: “A gente está começando (na feitura de longas), mas somos chatos. O padrão de qualidade será um padrão que eu assistiria. Temos bons equipamentos, lentes voltadas para o cinema, e a edição é o nosso forte. A gente não quer apresentar nada feio. A arte tem que ser bonita e iluminada. Ela deve inspirar. Caso contrário, não cumprirá sua função”.
Associação Lanternas Inspiradoras
Com experiência como videomaker, a direção é de Lauro Bastos Bittencourt (proprietário da afiliada em Itabirito da rede Estrada Real FM), o filme é feito pela Associação Lanternas Inspiradoras – com sede em Mário Campos (na Grande BH).
Trata-se de uma escola de produção audiovisual que existe há dois anos e que tem como idealizador Rodrigo Zazá, com experiência na área. A Lanternas Inspiradoras já realizou 15 produções – a maior parte são documentários. “A força da Arte” será o primeiro longa-metragem.
Inclusive, segundo Tiago Ferreira, a ideia é apresentar o trabalho em festivais e que o resultado passe a fazer parte do portfólio da Associação.
A previsão é de que o filme esteja pronto em abril do ano que vem, quando será mostrado como um presente para Itabirito.
FONTE RADAR GERAL