Viúva luta pela indenização de marido que morreu em acidente em trajeto para a Vallourec

Em um vídeo postado nas redes sociais, a viúva, Ester da Silva Pimentel, de 30 anos, moradora de Desterro de Entre Rios, expôs sua indignação e repúdio ao que vem ocorrendo em sua família, após a morte trágica de seu esposo Álvaro Túlio Pimentel Aarão, de 30 anos. Na manhã do dia 7 de março deste ano, ele faleceu em um acidente de moto na MG 270, entre Desterro de Entre Rios a Entre Rios de Minas quando embarcaria em um ônibus para trabalhar como analista de laboratório na Vallourec, em Jeceaba.
Desde então sua vida e de seus 3 filhos pequenos (8, 7 e 2 anos) passa por martírio em busca da rescisão contratual e outros direitos que ainda não foram quitados pela siderúrgica.
No vídeo de mais de 13 minutos, Ester fez um desabafo emocionante e expressou sua dor de toda a família. “Ele vestia todas as camisas da empresa. Muitas das vezes ele saía de casa de madrugada para trabalhar. Era uma dedicação total. As últimas gotas de sangue dele foram na estrada durante o trajeto diário para dar lucro para a empresa”, pontuou.
Ester assinalou que o marido quase não tinha tempo de lazer e momentos com a família diante das trocas de turnos.
“Na semana do acidente ele estava trabalhando e estudando muito para que a empresa conseguiu um certificado de qualidade e clima no serviço era tenso. “Desde o acidente não fomos indenizados e a empresa promete e não deposita o acerto. Ele tinha duas férias vencidas. O plano de saúde foi cortado e meus filhos precisam de acompanhamento psicológico. Não temos ajuda para medicamentos e sequer cestas básicas. Estamos desamparados pela Vallourec. Foram 8 anos consecutivos de trabalho e está a recompensa que recebemos. Sequer falam na participação dos lucros. Onde fica o lado social da empresa? Até agora nenhum centavo. Onde estão nossos direitos?”, questionou, chorando ao final do vídeo.
Nota
Em nota enviada a nossa redação, a “Vallourec informou que está em contato com a família e tomando todas as medidas necessárias para esclarecer os pontos – sempre pautada pela ética e transparência em suas ações, bem como respeitando a vontade e privacidade dos familiares”.

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