Uma fala de menos de 3 minutos do ex-prefeito e candidato a deputado federal, Zelinho (PSDB), foi suficiente para atingir em cheio e sacudir a frágil estrutura do Governo de Congonhas, comando pelo gestor Cláudio Dinho (MDB). Durante uma entrevista ao Programa Participovo na tarde desta terça-feira (27), Zelinho fez uma dura denúncia de suposta coação eleitoral, quando o Secretário Municipal de Saúde, Saulo de Souza Queiróz, teria utilizado o espaço da UPA para exigir que os funcionários em cargos comissionados votassem em candidatos apoiados pela administração municipal.
Zelinho repudiou a atitude do secretário e classificou como desrespeitosa, inescrupulosa atentando contra a legislação eleitoral. “Eu recebi diversos telefonemas de relatos de funcionários com cargo em comissão de que o atual secretário os chamou ao recinto da UPA e exigiu que eles votassem nos candidatos do governo. Ele levou uma lista. Isso é um absurdo, é um crime eleitoral. Não se pode fazer campanha em órgão público. É um desrespeito a população de Congonhas e aos funcionários. Isso nunca aconteceu em Congonhas. Talvez o secretário não more em Congonhas, mas saiba que o povo aqui é politizado. Eu pedia votos para os nossos candidatos em locais apropriados mas nunca exigia. Foi um ato inescrupuloso”, disparou Zelinho, exigindo apuração dos fatos. “Os servidores estão assustados já que nunca viram uma postura destas em Congonhas”, arrematou.
Ainda ontem (27), o Diário Oficial Eletrônico publicou a exoneração do secretário municipal de saúde. Uma portaria PMC/517, assinada pelo Prefeito pôs panos quentes na situação, nomeando o Superintendente de Planejamento e gestão, Allan Falci, interinamente para comandar a pasta. Em menos de 2 anos, já passaram pela prefeitura 4 secretários de saúde, o que corresponde a um gestor a cada 5 meses.