Uma jovem lafaietense enfrentou a tremenda dificuldade para tentar conseguir a chance de fazer exame de rua para e enfim tirar a tão sonhada a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Ana Beatriz, de 18 anos, estudante de direito na FDCL é uma pessoa com deficiência. Ela se enquadrada no quadro de nanismo que é um termo que engloba várias doenças que cursam com baixa estatura.
Há meses, ela vem vivenciando a falta de inclusão das auto-escolas na cidade. Para o laudo médico ela foi obrigada a se dirigir ao DETRAN Belo Horizonte para conclusão dos exames para ir as últimas etapas para retirar a carteira que são psicotécnico e os testes de rua.
E aí foi uma luta, já que as empresas não tinham carros adaptados a sua deficiência. “Ninguém tinha informação sobre o meu caso para me auxiliar. Foi uma luta e como não desisto fui até ao final”, relatou.
Ela foi às redes sociais e postou um desabafo e foi atendida por um auto escola que se propôs lhe oferecer o local para fazer exames de rua que serão ministrados em Ouro Preto, como também o psicotécnico.
Conhecida como a “menina da CNH” lamentou a falta de acessibilidade e inclusão para as pessoas com deficiência enfrentam em Lafaiete. “Fiquei muito grata pela repercussão e mensagem de apoio. Vou conseguir e logo estarei habitada. Lafaiete continua sem carros adaptados e sem inclusão social e tenho fé que um dia muda”, assinalou Ana Beatriz.
Leia o desabafo.
“Conselheiro Lafaiete uma cidade com população estimada de 130.584 habitantes, na qual possui diversas Autos Escolas disponíveis para toda a população mas infelizmente não tem acessibilidade e conhecimentos para nós Pessoas Com Deficiências Físicas.
Venho através desse texto expor minha indignação pelo meu direito de ACESSIBILIDADE e INCLUSÃO SOCIAL que infelizmente é visto como um FAVOR para nós deficientes, é sempre o sonho de muitas pessoas chegar aos 18 anos e ter seu direito de dirigir e se habilitar, mas infelizmente pra gente não é tão fácil assim, muito pelo contrário uma burocracia enorme na qual muitos de nós acaba desistindo. Lafaiete uma cidade que só está crescendo mais não possui nenhuma estrutura pra esse tipo de assunto, os profissionais não tem conhecimento, é um empurrando pro outro e no final ninguém resolve nada. Até quando vamos ser empurrados pra Capita (BH)? E quem não possui condições financeira de bancar sua carteira em outra cidade, é transporte é combustível, é alimentos e até mesmo correndo risco nas estradas e diversas outros.
É revoltante como prezam tanto pela acessibilidade e inclusão social mas na prática é muito diferente né!! Desistir não é o meu foco!!”
Ana Beatriz agradeceu a auto escola que se prontificou atender seus direitos e que o exemplo dela sirva de exemplo.
