Desde 2020, os vereadores de Lafaiete dispõem de um instrumento que permite apresentar emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município. O Orçamento Impositivo estabelece um valor em torno de R$110 mil ao ano para cada um dos 13 vereadores destinarem recursos obras e serviços dependendo das demandas de suas bases e de seus projetos em diversas áreas de atuação.
Em 2020, toda a soma do Orçamento Impositivo, algo em torno de R$2,5 milhões foram referenciados, em consenso entre os parlamentares municipais, ao combate ao coronavírus.
Porém neste ano, os valores foram direcionados a obras e implementação de projetos em diversos setores, porém a chiadeira geral nos bastidores e nos discursos é que até o momento as emendas não foram cumpridas.
Em diversas sessões, os vereadores demostram insatisfação com a lentidão em implementar as indicações previstas no orçamento e 2022 e quase não há mais tempo hábil na execução do orçamento impositivo. Parte dos recursos disponíveis foi direcionado para zerar a demanda reprimida na área de saúde em exames e cirurgias.
“Desde o início eu fui contra o orçamento impositivo. Isso porque há burocracia e lentidão internas. A gente indica e nada acontece, como no meu caso que direcionei para a reforma do telhado de uma escola. Acaba que a gente promete, a obra não é executada e ficamos mal com a população. Tudo recai sobre nossas costas. Por isso defendo o fim do orçamento impositivo pelo descumprimento pelo Executivo”, argumentou André Menezes.