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Em meio às críticas, Câmara de Lafaiete aprova orçamento para 2023 de mais de R$4 milhões, o maior da história

Em um amplo e acirrado debate, com direito a troca de farpas, a Câmara de Lafaiete, aprovou por 4 votos contrários dos vereadores Pedro Américo (PT), Vado Silva (DC), Pastor Angelino (PP) e Giuseppe Laporte (MDB), e 8 favoráveis, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2023, que fixa despesas e estima uma receita de quase R$459 milhões, a maior de Lafaiete. O principal eixo das discussões girou em torno da efetivamente do orçamento e sua execução. O Vereador Sandro José (PROS) lembrou que a “peça tem muito a melhorar como instrumento de gestão”.

André Menezes (PL) insistiu, diante da complexidade do orçamento e seu acompanhamento, na contratação de um técnico para subsidiar os vereadores na votação da LOA.  “Temos que avançar em muito na discussão e gestão do orçamento, mas nós vereadores não reunimos informações técnicas necessárias e precisamos um auxílio. Mas precisamos votar o orçamento e cobrar do Executivo sua execução”, ponderou.

Giuseppe Laporte lamentou a efetividade no orçamento e criticou a falta de planejamento. “Há muitas dúvidas, não há programação e muito menos planejamento o que tornam o orçamento uma obra de ficção. Grande parte da receita é previsão. Não temos garantias do que foi aprovado será realmente investido nos setores”, disse. “Todo ano é a mesma coisa e vamos permanecer votando o orçamento desta maneira? Não podemos continuar com coisas erradas e o Executivo tem ser responsabilizado por isso”, arrematou, criticando de seus pares na aprovação da LOA e a falta de previsibilidade na gestão do orçamento.

“Não podemos ano a ano aprovar um orçamento para depois ter ficar cobrando. Temos recursos mas as coisas não funcionam. Depois que é culpado é vereador e é cobrado pela falta de medicamentos, falta de médicos, dentre outras demandas”, salientou Vado Silva. Damires Rinarlly (PV) criticou a execução orçamentária, mas frisou sobre a urgência de sua aprovação da LOA. “Sem previsão não há execução. Dinheiro tem, mas precisamos acompanhar de perto este orçamento”, pontuou. “Se há suposições de votarmos de forma errada, não podemos aprovar este projeto. As consequências virão sobre esta Casa”, assinalou Pastor Angelino. “Não temos saúde, escolas precárias e tantas coisas erradas. O dinheiro tem, mas falta gestão”, finalizou Pedro Américo.

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