A Vale está se preparando para o período chuvoso, com foco na segurança das pessoas que vivem próximas às suas operações, especialmente de comunidades localizadas nas proximidades de suas barragens. As operações da empresa possuem planos de preparação para períodos chuvosos, que são atualizados e executados antes de cada estação. Além disso, o compromisso de aderir ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês) considera adequações às mudanças climáticas entre seus requisitos, o que reflete diretamente na gestão de estruturas de disposição de rejeitos, com reforço da fiscalização, monitoramento e transparência de informações. Cumpre destacar que os moradores das Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens da Companhia que estão atualmente em nível 2 e 3 de emergência, já foram retirados preventivamente e estão alocados em lugar seguro, em cumprimento à legislação vigente.
As barragens da Vale têm suas condições de segurança e estabilidade avaliadas continuamente por equipes internas, externas e órgãos públicos competentes. Os resultados desses estudos são aplicados para determinar o dimensionamento dos sistemas de escoamento e de drenagem de água dos reservatórios, além de indicarem controles adicionais que podem aumentar a segurança das estruturas, inclusive durante períodos chuvosos.
Nas barragens alteadas pelo método a montante, que estão em processo de descaracterização, foram realizadas melhorias no sistema de drenagem para facilitar o escoamento da água e instaladas bombas para evitar o acúmulo de água nos reservatórios em vários casos. Outro avanço importante para a segurança das pessoas foi a eliminação de cinco barragens deste tipo somente em 2022. Ao todo, de 30 estruturas da Vale construídas por esse método, 12 já foram completamente descaracterizadas (nove em Minas Gerais e três no Pará).
A eliminação de barragens a montante é uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o que ocorreu em Brumadinho voltem a acontecer. Durante o período chuvoso, as obras de descaracterização serão adequadas para manter a segurança das equipes. Em algumas barragens, o turno da noite poderá ser temporariamente suspenso com a mesma finalidade e as obras com início previsto para 2023 serão iniciadas ou retomadas após o término do período de chuvas.
Outra frente de atuação preventiva conta com a parceria fundamental das Defesas Civis Municipais. São definidas e adotadas ações para orientar a população em caso de emergências envolvendo barragens, que foram intensificadas ao longo dos últimos anos. A empresa cumpre um cronograma de testes de sirenes e exercícios simulados com objetivo de desenvolver e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades onde atua. Já foram implementados 93 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) em estruturas localizadas em Minas Gerais e no Pará, nas unidades de negócios Ferrosos e Metais Básicos no Brasil.
As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos três Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) instalados no Brasil, além de passarem por inspeções periódicas de equipes internas e externas, que agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas para que as estruturas se mantenham operando de maneira adequada durante períodos chuvosos. As inspeções são reportadas para Agência Nacional de Mineração (ANM) e demais órgãos competentes.
As condições de segurança e estabilidade das estruturas também são acompanhadas por empresas de auditoria independente, contratadas no âmbito dos Termos de Compromissos firmados com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, cujas atividades envolvem visitas de campo, reuniões semanais, emissão de relatórios de acompanhamento e elaboração de recomendações que colaboram com a melhoria contínua da segurança das barragens. O resultado de todas essas atividades é compartilhado com o próprio Ministério Público e com os órgãos competentes.
A Vale segue atenta às condições climáticas e monitorando, também, a necessidade de outras ações em relação às chuvas. A empresa reforça que, mesmo com a adoção dessas medidas, deslizamentos de terras ou vegetação em taludes e encostas são comuns nessa época do ano e não devem ser confundidos com rompimento de barragem. As informações oficiais são sempre divulgadas pela Companhia e pelos órgãos competentes.