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Gerdau anuncia investimentos de R$ 5 bi com foco na usina de Ouro Branco (MG)

Siderúrgica tem resultados recordes em 2022 e prevê demanda alta dos setores de agronegócio e construção para este ano

Investimentos de R$ 5 bilhões e confiança na demanda dos mercados da construção civil, agronegócio, infraestrutura e industrial. Com esses pontos, o diretor-presidente (CEO) da Gerdau, Gustavo Werneck, prevê um ano de 2023 positivo para a gigante brasileira do setor de aço. “Devemos ter resultados bons, compatíveis com os de 2022”, disse. A siderúrgica concluiu o exercício de 2022 com a maior receita líquida de sua história, totalizando R$ 82,4 bilhões. Nos 12 meses do ano passado, o Ebitda ajustado da companhia somou R$ 21,5 bilhões, enquanto o lucro líquido ajustado somou R$ 11,6 bilhões, menor que os R$ 13,87 bi alcançados em 2021. Já as vendas físicas de aço alcançaram 11,9 milhões de toneladas. 

Ao anunciar os investimentos de R$ 5 bilhões para este ano, que contemplam projetos voltados à manutenção, expansão e atualização tecnológica de suas operações, Werneck explicou que parte do valor já é para aquisição de equipamentos para o autoformo 1, na unidade de Ouro Branco (MG), que será desligado para manutenção em 2025. Embora não tenha detalhado qual a parte dos investimentos fica em Minas, Estado que concentra 70% das atividades da siderúrgica, o CEO da Gerdau disse que ativos florestais, a usina de Ouro Branco e ampliação da área de mineração para atender a unidade mineira consumirão boa parte dos aportes.  

Werneck acredita que a dinâmica de preços do aço será similar neste ano ao que foi em 2022 e prevê que a construção civil será um importante ente na demanda. Mas o desempenho desse setor seria melhor se a taxa de juros no Brasil estivesse em patamares menores. “Sentimos o efeito no varejo, principalmente no consumo das famílias de renda mais baixa. Esses juros altos impactam, assim como a inflação. Se por um lado os programas habitacionais do governo são pontos positivos no mercado, por outro, os juros altos atrapalham”, avalia. Mas ele disse também que o setor está aquecido, principalmente em obras para unidades comerciais e para as classes média e alta.  

Outra importante demanda para a Gerdau virá de setores que atendem o agronegócio, principalmente puxados pelas previsões de boas safras de grãos. Produção de máquinas agrícolas, tratores e caminhões, por exemplo, tende a aumentar e demandar mais aço. “Também acredito nos setores de infraestrutura e saneamento”, disse o executivo ao prever que haverá mais investimentos por parte do governo federal.

Diretor-presidente (CEO) da Gerdau, Gustavo Werneck — Foto: Gerdau/Divulgação

Balanço de 2022

“A Gerdau registrou, em 2022 mais um ano extraordinário, com a melhor receita líquida de sua história e o segundo melhor Ebitda ajustado anual, que totalizou R$ 21,5 bilhões, demonstrando a capacidade da empresa de se transformar e seguir compartilhando valor com seus clientes e demais stakeholders, oferecendo ao mercado produtos e serviços ainda mais inovadores e sustentáveis”, afirmou o CEO. “O sólido resultado financeiro alcançado, em 2022, com um forte Ebitda ajustado registrado no ano, contribuiu para uma geração de fluxo de caixa livre recorde de R$ 10,5 bilhões. Ressalto também os dividendos e as recompras de ações, que representaram recorde no acumulado de 2022, confirmando nosso empenho em gerar cada vez mais valor para os nossos investidores”, completa Rafael Japur, CFO da Gerdau. 

Ao longo de 2022, a Gerdau investiu R$ 4,3 bilhões, sendo R$ 2,6 bilhões em manutenção e R$ 1,7 bilhão em projetos de expansão e atualização tecnológica. Do total investido em 2022, R$ 640 milhões contemplam expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa. 

FONTE O TEMPO

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