3 de maio de 2024 23:45

Comitê de águas repudia a contaminação pela CSN no Rio das Velhas

A região afetada é extremamente sensível e estratégica para a segurança hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)

Na última semana, um vazamento de estruturas na Mina do Fernandinho, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), matou peixes, provou quantidade excessiva de partículas em suspensão e gerou uma lama brilhante e escura amontoada nas margens do Rio da Velhas (MG). O Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio das Velhas declarou repúdio ao ocorrido.

Hoje (31), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) confirmou que as mudanças e impactos no Córrego Fazenda Velha, na junção com o Rio das Velhas, vieram das estruturas da CSN. A empresa foi autuada por causar poluição/degradação ambiental, também foi determinado que o lançamento desse material, atingindo o corpo d’água, pare. Isto garante, todavia, a segurança das barragens.

A região afetada é extremamente sensível e estratégica para a segurança hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Comitê condena o ato, a falta de controle e total ausência de comunicação da empresa para com este colegiado, a sociedade e os órgãos gestores. 

As barragens da Mina Fernandinho estão a 17 km do centro de Rio Acima, a 6 km do Rio das Velhas e a aproximadamente 10km da Estação Bela Fama, da Copasa, de onde sai a água que abastece metade dos 5 milhões de habitantes da RMBH.

A captação no Rio das Velhas ocorre a fio d’água, sem reservação. Portanto, qualquer eventual rompimento da barragem que atinja o rio deixará a Grande BH em uma situação grave em relação à segurança hídrica.

O CBH Rio das Velhas também cobra dos órgãos gestores do Estado de Minas Gerais, em especial FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas), informações periódicas da real situação da qualidade da água do Córrego Fazenda Velha e do Rio das Velhas, como também da segurança das estruturas de mineração da CSN.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Diogo Finelli

FONTE ESTADO DE MINAS

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