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Sindicato sinaliza greve de servidores em Lafaiete, cita direitos lesados e cobra concurso público

Usando a Tribuna Popular, na noite de ontem (18), Valdney Alves, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, fez duras críticas a administração pontuando diversas situações de afronta aos direitos trabalhistas e até insinuou trabalho escravo no serviço público diante da baixa remuneração de serviços e não cumprimento da legislação. “Venho aqui pedir apoio dos vereadores em defesa dos servidores. São diversas irregularidades. Não estou aqui apontando dedo para vocês, mas buscando a parceria para nossos servidores. Olhem com mais carinho e cuidado os funcionários”, assinalou no início de seu discurso.

Durante mais de 13 minutos, o sindicalista enumerou questionamentos e logo no discurso criticou a situação do vale alimentação e as irregularidades da empresa contratada. “As taxas cobradas no comércio são altas e ao meu modo de ver abusivas e há diversas empresas que prestam este serviço em condições muito mais favoráveis e com mais expertise. Ela está lucrando com Lafaiete e oferece um serviço de péssima qualidade penalizando o servidor e ao comércio local. Está na hora de dar um basta! Nossos servidores já não aguentam mais passar por  tanta humilhação nas filas de supermercados por terem que deixar seus carrinhos cheios de mercadorias para trás por que o estabelecimento não aceita o cartão ora com alegação de problemas no sistema, ora com alegação de falta de pagamento por parte da empresa responsável pelo cartão”.

Valdney Alves cobrou a insalubridades para cantineiras, direito não cumprido pela gestão. “Elas ganham salário base, próximo do mínimo e são obrigados a fazer comida para 300 ou 400 estudantes. Há uma sobrecarga de serviços e não há auxiliares de cozinha. Isso é aviltante”.

A liderança sindical expôs a situação dos Monitores de Educação Inclusiva (MEI’s) que há mais de 6 anos estão enquadradas como função pública e não foram criados respectivos cargos. “No exercício 2022, só na educação foram aproximadamente 974 cargos contratos pela prefeitura e não há um concurso público. Tem pessoas que se preparam para ingressar no serviço público através de concurso e a administração não oferece igualdade de oportunidades. Há quantos anos não há um concurso público na prefeitura de Lafaiete? São mais de 6 anos e as autoridades estão omissas”.

O Presidente do Sindicato cobrou o plano de carreiras para a área de saúde e demais servidores. “São diversas defasagens salarias em diversos cargos, os Auxiliares de Higiene Bucal ganham menos que um salário mínimo e tem seus salários complementados com seus benefícios. Isso sem contar com falta de adequação dos salários de dentistas e profissionais de enfermagem” pontuou.

“A prefeitura fala que não tem dinheiro. Isso é recorrente em todas as negociações que temos com a administração e, mas, não se faz um planejamento de médio a longo prazo para se corrigir a defasagem salarial. São centenas de servidores que ganham menos que salários e tem seus ganhos complementados e a cada ano perdem poder de compra. Isso é um absurdo parece trabalho análogo a escravidão”.

Valdney Alves citou outras irregularidades como o descumprimento do piso nacional da a educação, a falta de pagamento da insalubridade dos agentes comunitários de saúde. “Um Auxiliar de Higiene Bucal ganha em um plantão cerca de R$50,00. Isso é um absurdo e falta de respeito. Do jeito que está não tem condições. Vamos parar de novo”, encerrou seu discurso.

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