São permanentes e incisivas as cobranças por melhorias na saúde de Conselheiro Lafaiete (MG) e o principal foco é a policlínica municipal. Entra e sai prefeito, mas estrutura física precária e as longas filas, nas quais pacientes passam até mais de 8 horas por situação constrangedora e desumana, permanecem inalteradas. No caso de Lafaiete, os serviços deterioram principalmente pela fragilidade da atenção básica e falta de recursos humanos, o tal turnover, classificado pelo atual gestor da pasta Saulo de Souza Queiroz, que assumiu há pouco mais de 40 dias.
Insatisfeitos com as cobranças populares, os vereadores, através da iniciativa de André Menezes, chegaram a ventilar a criação do comitê de crise cuja função seria de coordenar os trabalhos relativos à situação de risco que a saúde em Lafaiete está enfrentando. Da convocação de reuniões, distribuição de tarefas até as tomadas de decisões mais críticas.
Ainda esta semana, Fernando Bandeira (União Brasil) cobrou a contratação de mais médicos para ampliar o atendimento na policlínica como forma amenizar às longas filas. “Já sugeri que a prefeitura disponha de profissionais médicos, mas disseram que não tem espaço. Mas tem espaço sim. Pode instalar containers na parte de parte de baixo. Não podemos mais tolerar um paciente permanecer 4, 5 ou até 6 horas na fila. Isso é um desrespeito. Passou da hora de atitude”, protestou. “Não podemos esperar a conclusão da UPA e ficar aguardando uma solução. Deus sabe quando ela vai ficar pronta”.
Giuseppe Laporte (MDB) engrossou a fileira dos descontentes com a saúde de Lafaiete. “A situação está péssima. Se é para fazer mudanças, que se façam logo. A situação está no limite e o povo não pode ficar esperando a conclusão a UPA na esperança de melhorar o atendimento”, pontou cobrando uma solução sobre os médicos especialistas. “Concordo que temos como ampliar o atendimento na policlínica com mais médicos. Há espaço sim, basta boa vontade. A situação da saúde está nos limites do tolerável”, encerrou.