4 de maio de 2024 08:31

Operação da PCMG mira organização criminosa que aplicou prejuízos que podem chegar a R$ 15 milhões com supostas aplicações em bolsa de valores

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta terça-feira (20/6), a operação “Midas”, que cumpriu três mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão no distrito de Correa de Almeida, em Barbacena (MG). A operação investigou um golpe, aplicado por um homem e duas mulheres, que captavam recursos de vítimas prometendo juros de 2% ao dia, com lucros que viriam, teoricamente, de operações na bolsa de valores. Os investigados ostentavam um alto padrão de vida, promovendo festas, alugando carros de luxo e salões, com objetivo de trazer mais “clientes” para o negócio.

A organização criminosa chegou a abrir duas empresas, sendo uma delas uma suposta corretora de valores, que não possuía qualquer autorização da Comissão de Valores Monetários (CVM), Banco Central ou outros órgãos e, a outra empresa que visava dar aulas ensinando a operar na bolsa de valores. Todas com intuito de captação de recursos e lavagem de dinheiro.

Através das investigações e apreensões de documentos, mídias e aparelhos eletrônicos será possível dimensionar o tamanho do golpe financeiro aplicado pelos investigados. Apenas na cidade de Barbacena já foi estimado um prejuízo total das vítimas de um milhão e meio de reais. Em outras regiões, apura-se que 15 milhões de reais foram captados e utilizados pelos indivíduos.

Durante a ação policial foi apreendida também uma arma de fogo calibre 32, com 10 cartuchos intactos. Foi apurado também que os envolvidos realizaram ações semelhantes em outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro.

Esse golpe aplicado pela organização criminosa se assemelha ao chamado “esquema ponzi”, onde se cria uma pirâmide financeira em que os últimos clientes que chegam pagam os valores, parcialmente, para os primeiros, criando uma esperança a estes que um dia receberão os valores depositados, sendo que os que chegam por último nunca chegam a receber, por não haver mais captação de recursos.

Aos três investigados foi dada voz de prisão, sendo encaminhados para Delegacia de Polícia Civil de Barbacena, sendo posteriormente encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

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