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Câmara de Lafaiete pega fogo: contra o caos na saúde, vereadores criam comitê de crise para enfrentar o colapso no atendimento

Ontem a noite (29), a Tribuna Popular foi ocupada pela representante do movimento LGBTQIAPN+, Valdirine, que lançou duras críticas a postura da Câmara dfe Conselheiro Lafaiete (MG) em relação às minorias. “Vocês não vão nos tornar invisíveis. Vamos resistir. Vocês não vão nos silenciar. Não queremos tomar os direitos dos outros, mas que os nossos sejam respeitados”, assinalou, em meio às palmas da plateia. O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é comemorado em 28 de junho, marco que representa o início da luta pelos direitos dessa comunidade. A data remete à resistência dos frequentadores do bar Stonewall Inn, marcada pela forte repressão policial no ano de 1969 em Nova York.

A sessão e a crise

Em mais uma noite incendiária, o caos na saúde de Lafaiete (MG) acirrou uma batalha de debates, troca de farpas e discussões com os nervos à “flor da pele”. Em meio a balbúrdia vivenciada no setor, os vereadores aprovaram, por unanimidade, a sugestão ao Prefeito Mário Marcus (União Brasil) de criação de um Comitê de Crise na saúde de Conselheiro Lafaiete (MG) para detalhamento dos problemas enfrentados, propor soluções e fiscalizar a execução. O comitê será formado por diversos representantes envolvidos no imbróglio que se tornou a área: falta de médicos, superlotação da policlínica, baixos salários, falta de gestão, drama da falta de leitos, enfim, o colapso do sistema.

As falas

O Vereador Pedro Américo (PT) criticou a situação da policlínica com pacientes deitados em macas improvisadas e sem qualquer dignidade. Na terça-feira, o SAMU foi obrigado a suspender os atendimentos com a ocupação de suas macas após a chegada ao local e retidas por falta de equipamento. “O povo não aguenta mais esta situação”.

“O cenário é alarmante, reflexo da incompetência e falta de gestão. Será que não há recursos para comprar macas?. Parece uma bagunça a saúde. Se teremos um hospital não foi graças ao Governador, mas infelizmente, as vítimas da tragédia de Brumadinho”, disparou Fernando Bandeira (União Brasil).

“O secretário pediu 60 dias e antes do tempo não aguentou a situação. A solução já passou da hora. Ainda ontem 15 ou 16 pessoas estavam internadas e a policlínica virou um hospital. O povo clama por socorro e fica pedindo misericórdia. Talvez estamos em situação igual ou pior do que o Covid-19”, protestou André Menezes (PL), primeiro a sugerir a instalação do comitê de crise.

“O problema vem do Executivo”, pontuou Sandro José (PRTB). “É muito oba-oba. São diversas obras inauguradas e a principal que o povo mais carece, não se faz nada”, analisou Erivelton Jayme (Patriotas). “Causa-nos muita revolta a falta de atendimento. O povo não estando sendo assistido no prioritário”, assinalou Renato Pelé (Podemos).

Prefeitura busca melhores salários e demora no envio dos projetos

O Líder do Prefeito, João Paulo Pé Quente (União Brasil) pediu urgência na votação de 2 projetos de lei, que entrarão em pauta na semana que vem, de redução da carga horária dos médicos especialistas e outro do aumento dos plantões médicos nos dias úteis equiparamendo o valor aos mesmos praticados aos finais de semana. “Há mais de 4 meses pedimos esta solução para não perder os profissionais. Este foi o motivo que o secretário deixou o cargo. Em tudo o que propunha havia obstáculos e má vontade. Ele parecia a rainha da Inglaterra. Foi isso o que ele me disse”. Erivelton e Pé Quente chegaram a um bate boca sobre a letargia de envio do projeto. “O momento é agora de resolvermos a situação e buscar soluções para nosso povo”, disse Pé Quente. “Se a gente tivesse levado a frente a CPI do Covid-19 muita coisa tinha sido consertada na saúde”, alfinetou Giuseppe Laporte (MDB).

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