27 de abril de 2024 11:19

Homem que mora em uma casa escavada na encosta há 50 anos pode ser despejado

O israelense passou décadas construindo sua caverna com as próprias mãos e agora luta para não precisar deixá-la

Ao longo de aproximadamente meio século, Nissim Kahlon transformou uma pequena caverna, em uma praia do Mediterrâneo em Israel, em um labirinto subterrâneo repleto de túneis, escadas e câmaras que ele tem como sua casa.

No entanto, o governo de Israel quer que ele deixe o local. O Ministério de Proteção Ambiental recentemente entregou a ele um aviso de despejo, dizendo que a estrutura é ilegal e ameaça a costa do país.

Nissim Kahlon disse que recebeu uma ordem de demolição em 1974 que nunca foi executada — Foto: Jpatokal / Wikimedia Commons / Creative Commons
Nissim Kahlon disse que recebeu uma ordem de demolição em 1974 que nunca foi executada — Foto: Jpatokal / Wikimedia Commons / Creative Commons

O homem morava em uma tenda ao longo da praia de Herzliya, ao norte de Tel Aviv, em 1973, quando ele começou a esculpir a caverna. Com o tempo, o buraco onde morava se tornou uma “mansão” feita com madeira, metal, cerâmica e pedras reutilizadas.

Quase todas as superfícies dos cômodos são cobertas por mosaicos feitos de ladrilhos coletados por ele em lixeiras de Tel Aviv ao longo dos anos. Garrafas de vidro servem como decoração e isolamento nas paredes externas.

A casa possui mosaicos espalhados por todos os ambientes — Foto: Twitter / @Funnynewshub / Ariel Schalit (AP) / Reprodução
A casa possui mosaicos espalhados por todos os ambientes — Foto: Twitter / @Funnynewshub / Ariel Schalit (AP) / Reprodução

A construção tem encanamento, linha telefônica e iluminação elétrica em seus vários cômodos. Ele reconhece que nunca recebeu uma licença de construção, mas seu principal argumento contra o despejo é que o governo conectou sua caverna à rede elétrica décadas atrás.

O Ministério da Proteção Ambiental alega que o homem causou “danos significativos ao penhasco, colocou o público em perigo e reduziu a passagem da praia ao público” nos últimos 50 anos e acusou o município de Herzliya de conivência. No entanto, diz que a prefeitura encontrou uma moradia alternativa para Nissim.

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