Com o fim do Estado Novo surgiram novos partidos no Brasil. O principal partido de direita daquela época foi a UDN. Com a implantação do bipartidarismo pelo regime militar em 1966, foi criado a ARENA, partido de apoio ao regime militar. Com a volta do multipartidarismo em 1979, ao longo da década de 80 foram surgindo: PDS, PTB, PFL, PL, PDC, PRT, PST, PSC, PRP, PRONA e PRN, atual Agir. Na década seguinte PDS e PDC deram origem ao PPR; PRT e PST deram origem ao PP, que dois anos mais tarde formaram o PPB, atual Progressistas. Nesta mesma década foram fundados, PHS, PRP, PSL e refundado o PTN, atual Podemos, que incorporou o PHS em 2018 e o PSC em 2022. Em 2005, foi fundado o PRB, atual Republicanos. Em 2006, o PL se funde com o PRONA dando origem ao PR, que voltou a se chamar PL em 2021. Em 2007, o PFL passa a se chamar DEM que veio a se fundir com o PSL em 2021 dando origem ao União Brasil, atual UNIÃO. Na década passada, foram criados o Novo (2011) e o PEN (2012), que em 2018 passou a se chamar Patriota e incorporou o PRP após as eleições daquele ano. Em 2022, o Patriota se fundiu com o PTB, dando origem ao PRD, que espera homologação do registro junto ao TSE, o que deve ocorrer neste semestre.
Atualmente podem se considerados partidos de direita no Brasil: Agir; DC (criado como PSDC, por dissidentes da fusão do PDC com o PDS na década de 90); Novo; PL; Podemos; PRD (criado a partir da fusão entre Patriotas e PTB em 2023); Progressistas; PRTB (criado por dissidentes da fusão entre PST e PTR na década de 1990); Republicanos e União (criado a partir da fusão entre DEM e PSL). Em Conselheiro Lafaiete são considerados como pré-candidatos da direita independente dos partidos em que estão filiados:
Aloísio Rezende: Empresário, foi Secretário de Desenvolvimento Econômico em 2009 e Presidente do CDL entre 2015 e 2022. Embora seu nome foi cogitado para concorrer às eleições municipais de 2016, sua estreia no cenário eleitoral ocorreu em 2020, quando concorreu a Prefeito pelo Patriota, terminando a eleição em terceiro lugar. Em 2022 concorreu ao cargo de Deputado Estadual pelo Progressistas e após breve passagem pelo PL, se coloca como pré-candidato a Prefeito pelo PSD, partido de centro, presidido pelo ex Vereador Carlos Magno, com passagens pelo PT e Podemos. Embora seja de direita, teve seu nome cogitado para compor chapa com Júlio Barros (REDE), formando uma chapa dos extremos e como candidato tendo como vice Neuza Mapa (PSB), a mais votada entre os candidatos da esquerda na última eleição municipal, numa chapa que poderia unir o gerencial com o social. Caso se confirme uma das hipóteses acima, se tornaria um nome de centro, assim como seu partido.
André Menezes: Vereador eleito em 2016 e reeleito em 2020, sendo o mais votado entre os eleitos. Antes mesmo das eleições de 2020, quando teve seu nome cotado para entrar na disputa como candidato ou para formar chapa, o mesmo já se colocava como pré-candidato a Prefeito para 2024. Como o PL, partido que ele se elegeu e reelegeu Vereador, tem como pré-candidatos a Prefeito, o empresário Marcos de Paula e o ex Vereador Divino Pereira, ele tem outras opções, como compor chapa ou migrar para outro partido que receba sua pré-candidatura. Devido à sua pretensão de concorrer somente a Prefeito em 2024, ele pode vir a deixar a legenda.
Dr. Marco Antônio: Eleito Vereador em 2000 e em 2008, ambas pelo MDB, presidiu a Câmara Municipal em 2009. Concorreu ao cargo de Deputado Federal em 2006 pelo PV e em 2018 pelo PHS. Eleito vice-prefeito em 2016 pelo PSDB e reeleito em 2020 pelo DEM na chapa de Mário Marcus. Em 2022 concorreu a Deputado Estadual pelo Republicanos, seu atual partido. Sua eventual candidatura ao Executivo Municipal conta com o apoio do Deputado Federal Lafayete Andrada, o qual apoiou nas últimas eleições.
Elisa Lopes: atual Secretária Municipal de Administração, concorreu a Deputada Federal pelo Novo e 2018 e pelo PSDB em 2022. Nas eleições de 2020, concorreu como Vice-Prefeita pelo Patriota na chapa de Aloísio Rezende. Tem seu nome cogitado para a disputa para a sucessão de Mário Marcus pela Federação PSDB-Cidadania, composta por dois partidos considerados de centro.
Marcos de Paula: empresário, concorreu a vice-prefeito pelo PSD na chapa de Divino Pereira nas eleições de 2020 e a Deputado Estadual pelo mesmo partido em 2022. Filiado ao PL, que possui como outros pré candidatos o Vereador André Menezes e o ex Vereador Divino Pereira, podendo ter o segundo como vice, numa reversão da chapa que terminou em segundo lugar na eleição municipal de 2020. Como André Menezes também pretende concorrer somente como cabeça de chapa, o mesmo pode vir a buscar outra legenda para receber seu projeto político-eleitoral, deixando aberta a possibilidade uma composição entre o Marcos de Paula e Divino Pereira, que não descarta tentar um sexto mandato na Câmara.
Pastor Cristian: candidato a Vereador pelo MDB em 2020 e a Deputado Estadual em 2022 pelo Avante, partido de centro, ele se coloca como pré-candidato a Prefeito nas próximas eleições municipais.
Renato Percentual: Bacharel em Comunicação Social,empresário do ramo da comunicação, marketing e logística há 25 anos. Após coordenar várias campanhas eleitorais, coloca seu nome como pré-candidato a Prefeito em 2024. Filiado ao PMN, partido do atual Secretário Estadual de Governo, Deputado Gustavo Valadares, pode vir a ser o candidato do Governo Estadual ao comando do Executivo Municipal, já contando com o apoio do Senador Cleitinho, de quem foi coordenador de sua vitoriosa campanha ao Senado em 2022.
Vicente Faria: Eleito Prefeito nas eleições de 1982 pelo PMDB; 1996 e 2000 pelo PPB, tentou se eleger Prefeito em outras duas oportunidades: em 1992 pelo PDC e 2012 pelo DEM. Concorreu a Deputado Estadual em 1990 pelo PDC, 1994 e 2006 pelo PFL. Atuou nas eleições de Glycon Franco (PTN/PV) a Deputado Estadual em 2014 e 2018 e de Mário Marcus (DEM) à Prefeito em 2016 e 2020. Desde 1989 filiado à partidos de direita, Vicente Faria coloca seu nome como pré-candidato ao cargo que ocupou durante 14 anos, sendo o Prefeito com mais mandatos na história da cidade.
Após a redemocratização, a cassação de Fernando Collor (PRN) e o fim do Governo Fernando Henrique em 2002, a direita perdeu força durante o Governo Lula, devido alta popularidade do Presidente sua ampla base partidária que tinha como opositores somente PSDB, PPS e PFL/DEM, somente este último se assumindo como de direita. Na década passada, entre as manifestações de 2013 e o impeachment de Dilma em 2016, o pensamento de direita voltou a ganhar força e a partir de 2016, começou a ganha voz com o então Deputado Jair Bolsonaro, que se elegeu Presidente em 2018. Mesmo com a derrota de Jair Bolsonaro em 2022, a direita continua ativa e querendo voltar ao Poder. Em Conselheiro Lafaiete, oito dos 22 pré-candidatos, independente do partido em que estão, se identificam como de direita, podendo compor com o centro, mas não com a esquerda, o que lhe tirariam o status de candidato da direita. A polarização continua mais forte do que nunca, estando nas eleições de 2024 e principalmente nas de 2026.