2 de maio de 2024 05:06

Onde fica a maior cachoeira do mundo? Em um estreito submarino; entenda

Catarata do Estreito da Dinamarca, que é formada pela diferença de temperatura das águas marinhas, está situada entre a Islândia e a Groenlândia; saiba mais

Onde fica a maior cachoeira do mundo? Não está em nenhuma porção de terra do nosso planeta, mas sim no oceano. Trata-se da catarata do Estreito da Dinamarca, onde a água cai por mais de 3 km, entre a Islândia e a Groenlândia.

Segundo o site ILFScience , esta cachoeira submarina é cerca de três vezes mais alta do que a queda d’água mais elevada sem interrupção sobre a terra, que é a cachoeira de Salto Ángel, na Venezuela, com 979 metros de altura.

A catarata do Estreito da Dinamarca também é incrivelmente larga, abrangendo 160 km, e despeja cerca de 5 milhões de m³ de água por segundo — quase o equivalente a 2 mil Cataratas do Niágara no pico de seu fluxo, localizado na fronteira entre Nova York, nos Estados Unidos, e a província canadense de Ontário.

Como a cachoeira se forma debaixo d’água?

Conforme explica a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), como a água fria é mais densa do que a água quente, no Estreito da Dinamarca, a água gélida fluindo para o sul dos mares nórdicos encontra a água mais quente do mar de Irminger.

A água mais fria é forçada abaixo da água mais quente, fluindo sobre uma enorme elevação no fundo do mar para criar uma cachoeira gigantesca.

Mapa mostra localização da grande cachoeira submarina do Estreito da Dinamarca, no Atlântico Norte — Foto: Universidade de Barcelona

O relevo submarino do Estreito da Dinamarca — que, em poucos quilômetros, passa de 500 metros para mais de 3 mil metros de profundidade — faz com que essa corrente de fundo acelere e transborde na forma da cachoeira, segundo comunicado da Universidade de Barcelona, na Espanha. Em seguida, o fluxo chega às grandes depressões do oceano Atlântico Norte.

Aquecimento global é inimigo

O aquecimento global atua como inimigo das cachoeiras subaquáticas. Com a intensificação das mudanças climáticas, os oceanos estão ficando mais quentes e há uma maior entrada de água doce, bem como menos formação de gelo marinho, o que reduz o volume de água fria e densa fluindo para baixo.

“Um bom exemplo está na costa catalã, onde a diminuição do número de dias de tramontana [vento fresco e seco do norte] no inverno no Golfo do Leão e ao norte da costa catalã está causando um enfraquecimento desse processo oceanográfico, que é decisivo na regulação do clima e tem um grande impacto nos ecossistemas profundos”, diz Anna Sanchez-Vidal, professora da Universidade de Barcelona que lidera uma expedição para investigar a catarata do Estreito da Dinamarca.

FONTE REVISTA GALILEU

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