Para determinar quando o máximo solar aconteceu, os pesquisadores precisam se basear em dados anteriores e posteriores
O Sol tem intensificado suas atividades, ficando mais explosivo a cada dia enquanto se aproxima do máximo solar. No entanto, apesar de sabermos que ele está chegando, só poderemos saber, de fato, quando ele aconteceu sete meses depois.
Para quem tem pressa:
- O máximo solar é definido com base em observações do Sol seis meses antes e seis meses depois;
- Isso porque, os pesquisadores precisam ter certeza de que atividade solar realmente diminui;
- No entanto, o Sol pode nos enganar, se comportando de maneiras diferentes do previsto.
O ciclo do Sol dura cerca de 11 anos, e o máximo solar é definido como o momento em que a estrela fica mais ativa. Esse período se dá devido ao campo magnético solar e pode ser indicado pela ocorrência e intensidade de manchas escuras na superfície do Sol.
Em resposta ao Space.com, pesquisadores especializados no Sol, do Centro de Coordenação do Clima Espacial (SSCC) da ESA, explicaram o porquê levamos tanto tempo para identificar a ocorrência do máximo solar.
O máximo solar
Por convenção, o período de maior atividade do Sol é calculado com base na ocorrência de manchas solares durante 13 meses, ou seja, para cada mês avaliado, é usado valores dos seis meses anteriores e posteriores. Só é possível saber quando o máximo solar aconteceu se a ocorrência de manchas escuras no Sol do mês seguinte for menor.
Por exemplo, se o máximo solar acontecer em maio de 2024, os pesquisadores só poderão apontar com certeza isso, após avaliar os dados do Sol coletados seis meses antes e dos seis meses depois. Assim, a declaração de que o período de maior atividade da estrela aconteceu, seria feito apenas em dezembro de 2024.
No entanto, os pesquisadores da ESA apontam que o Sol ainda sim pode nos enganar, isso porque às vezes, quando pensamos que a estrela atingiu o máximo solar, ela pode estar, na verdade, apenas no máximo local, que não representa todo ciclo. Além disso, também pode haver uma máximo duplo, conhecido como intervalo de Gnevishev, onde um segundo pico mais alto de atividades pode acontecer em seguida de um primeiro.
As duas principais previsões para quando de fato o máximo solar acontecerá são do Centro Mundial de Dados para o Índice de Manchas Solares e Observações Solares de Longo Prazo (SILSO), do Observatório Real da Bélgica, que aponta que ele vai acontecer entre meados de 2024 e o final de 2025, e do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA (SWPC), que estima que ele deve ocorrer entre o final de 2024 e o início de 2026.
FONTE OLHAR DIGITAL