A sessão rompeu quase às 22:00 horas com um plenário tomado de populares e servidores públicos. Os vereadores aprovaram a equiparação salarial entre auxiliares e agentes administrativos arrancando aplausos efusivos do funcionalismo.
Em meio à polêmica instalada, o principal projeto da noite foi a discussão e aprovação da doação de uma área a Caixa Econômica para a construção e 96 apartamentos dentro do programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida, para beneficiários que ganham até R$2,650,00.
Moradores do Bairro Santo Agostinho, onde será instalado o residencial, levaram cartazes de alerta pela falta de infra-estrutura no Bairro, já que cerca de 400 pessoas vão morar no residencial com impactos ambientais e sociais.
Mas os discursos dos vereadores inflamaram o plenário em favor da dignidade humana. Pedro Américo (PT) ressaltou o cunho social do empreendimento. Já Erivelton Jayme (PRD) citou sua própria história e de sua família para justificar seu voto pelo projeto. “Na década de 80 meus vieram para Lafaiete e foi graças a antiga Cohab que pais construíram sua casa através do financiamento público. Sou prova viva e nunca vou votar conre um projeto desta envergadura”.
“Serão mais 96 famílias que vão se unir em favor de mais infra-estrutura no bairro”, citou Damires Rinarlly (PV). “É talvez o projeto mais importante que já passou nesta Casa. Duvido se fosse para a construção de apartamento de luxo tinha gente contrária neste plenário”, assinalou João Paulo Pé Quente (União Brasil). “Se for depende de infra-estrutura não se constrói nenhuma casa mais em Lafaiete”, completou.
Sandro José (PROS) citou que estava em votação a doação do terreno a Caixa. “Agora temos que buscar mobilização para levar uma praça, um posto de saúde, uma escola, etc. Este projeto traz esperança e dignidade”.
Renato Pelé (Podemos) assinalou que o projeto era uma conquista mas que a Câmara deve fiscalizar a execução do projeto pela Caixa. “Não posso votar contra este projeto”, discorreu Giuseppe Laporte (MDB).