O clima ferveu em Congonhas (MG) na última semana e promete esquentar ainda mais com o desdobramentos de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s), instaladas para apurar possíveis de desvios de recursos no repasse de mais de R$23 milhões ao Instituto Pró-Vida, ligada ao Prefeito Cláudio Dinho (PSDB) e suspeitas de irregularidades em obras (CPI das Obras).
Ontem (27), foram mais de 10 horas de depoimentos e o mais aguardado era do ex- procurador Thomas Lafetá que mais uma vez fez denúncias envolvendo possíveis ilegalidades nos recursos repassados ao Pró-Vida. Ele abriu seu celular a CPI com conversas e áudios com o prefeito e outros secretários. “Não me furtarei a verdade”, salientou.
Boletim de ocorrência
Nossa reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência registrado na manhã desta quinta-feira (27) em que o procurador da Câmara e uma ex-secretária de obras estariam sendo ameaçados de morte em função das CPI’s por um servidor do primeiro escalão da administração municipal, temendo por depoimentos. Inclusive o ex-procurador, Thomas Lafetá, também sofria intimidação, tese que em seu depoimento ontem ele deixou claro afirmando que não temia por ameaças.
No boletim consta que uma ex-secretária de obras estaria fora de Congonhas por temer por sua integridade física e represálias.
Comissão processante
Alem de duas CPI’s, agora o gestor pode enfrentar uma possível abertura de comissão processante que pode culminar na sua cassação, ainda às vésperas das eleições. O cidadão Claudiomar Rosa de Oliveira, residente no Bairro Praia, protocolou na Câmara Municipal um pedido na Câmara e é lido na sessão desta terça-feira (2). São necessários 7 votos para aprovação da comissão e em seguida são nomeados seus membros. O prefeito terá 10 dias após a notificação para apresentar sua defesa. A comissão processante tem até 90 dias para concluir seus trabalhos.