Rodeadas de formações rochosas e vegetação nativa, as quedas d’água em Minas atraem visitantes e encantam pela beleza natural
Sem dúvida alguma, um dos motivos que colocou Minas Gerais nos holofotes como um dos estados com maior crescimento nas atividades turísticas do país foi o ecoturismo. Além dos atrativos mais tradicionais da gastronomia e cultura mineira, é por meio das trilhas, escaladas e visitas às cachoeiras mineiras que o público se encanta com as belezas do estado.
Dados da Agência Minas apontam o volume dos negócios de turismo no estado em 2023: foram movimentados R$ 34 bilhões de reais na atividade turística como um todo e cerca de 50 mil empregos na chamada economia da criatividade.
Boa parte dos empregos gerados está no interior, e é justamente adentrando o estado mineiro que boa parte das tradições culturais e naturais podem ser vivenciadas.
Cachoeiras mineiras que valem a visita
O estado é recheado de cachoeiras, variando em termos de beleza natural, altura das quedas e vegetação ao redor.
A maioria das cachoeiras está no interior e pede um tempo de deslocamento maior em relação à capital mineira. A recompensa, no entanto, é ver de perto as paisagens criadas pela força da natureza e do tempo.
Certifique-se de seguir as orientações de segurança em cachoeiras antes de seguir viagem.
Cachoeira do Tabuleiro
- A cachoeira mais alta de Minas Gerais e a sétima maior do Brasil. Tem 273m de altura e está localizada no Parque Natural do Tabuleiro – distrito de Tabuleiro, perto de Conceição do Mato Dentro.
- Uma das suas particularidades é o formato de coração das suas paredes rochosas. Isso a faz ser considerada uma das cachoeiras mais bonitas do país.
- O acesso para a cachoeira do Tabuleiro pode ser feito por trilhas que dão acesso à parte superior e inferior do local.
- A vegetação da parte alta da cascata inclui bromélias e orquídeas gigantes. Visitantes que acessarem essa parte da cachoeira também podem apreciar a vista privilegiada com outros poços e quedas d’água do entorno.
- A parte baixa (onde tem o poço para banho) da cachoeira está interditada desde o ano passado, mas a parte alta ainda pode ser visitada.
- Entrada: R$10,00 por pessoa. Limite de 450 pessoas por dia no Parque.
- Acesso: de média dificuldade. Dentro do distrito de Tabuleiro, o visitante segue por 2km até a sede do Parque. A partir desse ponto é preciso caminhar aproximadamente 1h30 para chegar ao poço da cachoeira.
Cachoeira do Bicame
- A cachoeira no município de Santana do Riacho faz parte de uma reserva particular de patrimônio natural (RPPN); por isso, as regras de visitação seguem as regras dos proprietários.
- Está localizada na RPPN Ermos das Gerais, que fica a cerca de 15km do arraial da Lapinha.
- A queda d’água tem 25m. Em períodos de seca, são avistadas duas cascatas; durante as chuvas, o volume de água aumenta e as quedas d’água viram uma só.
- Provavelmente tem este nome pela presença de um bicame (calha por onde escoa água) na parte superior da cachoeira.
- Prepare as pernas: a estrada é interditada pelo IBAMA; por isso, não são permitidos veículos automotores. O acesso à cachoeira acontece apenas por bicicleta ou a pé.
- Entrada: os ingressos custam entre R$ 30 e R$ 55. O limite de visitantes diário é de 30 pessoas.
- Acesso: caminhada de 2 horas a partir do primeiro ponto de apoio, a Casa das Pedras.
Cachoeira Rabo de Cavalo
- A cachoeira tem 150m de altura e é composta por três cascatas.
- Está situada no Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro.
- O nome Rabo de Cavalo é inspirado pelo efeito dos respingos da maior cascata nas pedras que ficam no início da queda. A força do vento, junto com a água respingada, cria um elemento que faz lembrar um rabo de cavalo em movimento.
- Um grande atrativo da cachoeira Rabo de Cavalo é a chance de atravessá-la a nado e ficar embaixo da cascata – só é preciso encarar as águas escuras e frias, mas que são muito limpas.
- A parte superior das quedas tem piscinas naturais e quedas d’água menores. Uma das mais famosas é a cachoeira do Altar, cuja queda faz lembrar uma cortina e forma um poço espumante.
- Entrada: franca.
- Acesso: partindo do início da trilha até o acesso à cachoeira, a caminhada é de cerca de 1,5 km. A trilha é bem sinalizada e pode ser acessada por pessoas sem experiência de caminhada.
Cachoeira do Criolo
- A cachoeira do Criolo está no Parque Estadual do Rio Preto. O parque, por sua vez, está situado no arraial de São Gonçalo do Rio Preto, a pouco menos de 60km de distância de Diamantina.
- O Parque Estadual foi criado com o principal objetivo de proteger as nascentes do Rio Preto, que passa por dentro do local. A biodiversidade do local é caracterizada pela fauna típica do cerrado e vários outros rios e cachoeiras.
- A cachoeira tem uma queda de 30m. O poço é adequado para banho e a cachoeira é cercada por uma pequena praia com areia branca.
- Apesar da dificuldade de acesso à cachoeira do Criolo, o Parque Estadual oferece a Trilha das Crianças, que fica perto de outras estruturas do parque. A rota tem apenas 550m de extensão e até a sinalização é adequada para os pequenos visitantes.
- Entrada: R$ 20.
- Acesso: o trajeto para a Trilha da Cachoeira do Criolo tem dificuldade média a alta. Também é um tanto quanto vasta, com 6,5km de extensão.
Cachoeira da Esmeralda
- Localizada em Carrancas, que é conhecida como a Cidade das Cachoeiras.
- A maioria das cachoeiras em Carrancas está em propriedades privadas, com exceção da cachoeira da Fumaça.
- Falando especificamente da cachoeira da Esmeralda, basta olhar para a cor da água no poço da cachoeira para entender o motivo do seu nome.
- A cachoeira da Esmeralda faz parte do Complexo da Vargem Grande, em Carrancas. Esse complexo é formado de grutas, poços e piscinas naturais.
- Entrada: R$ 10. Vale frisar que a cachoeira está em uma área particular.
- Acesso: a trilha para a cachoeira é considerada fácil e não requer preparo físico complexo para ser atravessada.
FONTE ITATIAIA