Caso ocorreu durante a Copa Cultura de Santos Dumont
Um goleiro de futebol amador, de 21 anos, teve o tímpano perfurado por uma bomba durante um campeonato na cidade de Santos Dumont, na Zona da Mata. O caso ocorreu na noite de domingo (23 de junho) e foi divulgado nesta terça-feira (25 de junho) pela Polícia Militar.
A corporação foi acionada já no hospital do cidade após o atleta dar entrada com lesões no ouvido após jogo pela Copa Cultura. De acordo com testemunhas, a partida no campo do São Martinho era entre o time da casa e o América. Após o fim da partida, alguns torcedores do time da casa jogaram bombas dentro do campo e um desses artefatos explodiu próximo ao goleiro. O jovem caiu e foi socorrido para o hospital.
Segundo a Polícia Militar, não foi possível identificar quem teria arremessado o objeto no campo. A equipe médica do hospital constatou que o atleta estava com o tímpano perfurado, mas seria necessário aguardar o resultado de outra bateria de exames para poder tirar as conclusões clínicas.
Por meio de nota, o América, time do goleiro, abordou a gravidade da situação. “Será que ninguém está percebendo a gravidade da situação e a proporção que as rivalidades que deveriam ser apenas em campo (estão tomando?). Segunda vez que quase acontece uma tragédia. Ano passado foi assim, esse ano está indo para o mesmo caminho e a gente só quer jogar futebol. Jogadores, diretoria, torcedores e coordenação, todos são responsáveis. Estão sangrando e quebrando o futebol amador de Santos Dumont”, disse a equipe.
O presidente da Copa Cultura, Josué de Faria, também se manifestou em nota. Ele repudiou o ato de violência, disse que tomará as medidas cabíveis, mas pediu que diretores identifiquem “o autor de tal atrocidade para que sejam tomadas as devidas providências penais”. “Infelizmente, pessoas mal intencionadas estão infiltradas em meio a torcedores e até mesmo diretores de clubes, que deveriam preservar pelo bom andamento da competição. A Coordenação certamente, como sempre fez, tomará todas as providências cabíveis”, indica a nota.
FONTE O TEMPO