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As melhores trilhas para trekking em Minas Gerais

Descubra as melhores trilhas de trekking e montanhismo em Minas Gerais, incluindo as desafiadoras Travessia da Serra Fina e o Parque Nacional da Serra da Canastra

O estado das montanhas é um verdadeiro paraíso para os amantes do trekking e do montanhismo. Perfeitas para aventureiros que buscam uma experiência intensa e enriquecedora, as serras, vales e chapadões se destacam como destino obrigatório para explorar as maravilhas naturais de Minas Gerais.

A geografia privilegiada do estado oferece uma vasta opção de trilhas e travessias que revelam paisagens de inesgotável beleza e cachoeiras escondidas – tudo permeado por uma biodiversidade rica e única.

Explorar esses caminhos rochosos usando a força do corpo é o que move praticantes de trekking e trilhas. Antes de apresentar esses percursos, conheça mais sobre essas atividades.

Diferenciando trilha e trekking

A intensidade é o que define cada modalidade de esporte.

As trilhas envolvem caminhadas de menor duração, em terrenos menos desafiadores. É comum durarem apenas algumas horas; por isso, são recomendadas para pessoas que começaram a caminhar ao ar livre há menos tempo.

Os recursos auxiliares para trilha normalmente são apenas garrafas de água, alimentos leves e acessórios de proteção como chapéus e protetor solar.

Já o trekking faz jus à definição de esporte de aventura, porque é definido por caminhadas mais pesadas. Para isso, não apenas duram mais tempo, como também podem acontecer em terrenos que exigem mais preparo físico e experiência para contornar eventuais obstáculos.

É comum que a caminhada dure dias, então os praticantes de trekking (conhecidos como trekkers) precisam pernoitar em acampamentos ou hospedagens que ficam pelo caminho que será trilhado.

Os recursos auxiliares, além de água e comida, normalmente envolvem mais de um calçado, mudas de roupas, lanternas, e barracas para passar a noite.

Trilhas mineiras para amantes de trekking

Descubra por onde passam os caminhos para uma experiência de conexão com a natureza e para desbravar paisagens espetaculares.

Parque Nacional da Serra da Canastra

Não é de se surpreender que um dos principais fortes do Parque é justamente o valor da presença da água. Ela aparece nas quedas d’água, córregos, e, claro, na nascente do Rio São Francisco, que está localizada dentro do Parque da Serra da Canastra.

O Parque Nacional da Serra da Canastra abriga trilhas de trekking que demoram dias para serem atravessadas – normalmente, entre 3 e 5 dias, a depender do trajeto e do grupo de caminhada. Por isso, dormir em barracas e passar tempo em acampamentos não pode ser um problema para quem for cruzar esse trajeto de vales e chapadas.

Apesar da dificuldade e da extensão do caminho, que tem mais de 60 km, a beleza dos chapadões da Serra da Canastra são um incentivo constante para manter o foco e continuar com a trilha de trekking.

A vegetação muda ao longo do caminho, variando entre Campos Rupestres, manchas de Cerrado e Matas Ciliares. Ao longo do trajeto, visitantes conhecem a fauna e observam animais selvagens como seriemas, corujas, tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro.

Parque Nacional da Serra do Caraça

A área do parque do Caraça tem 7 picos no seu entorno. O resultado são diferentes experiências e cenários, cada um adaptado ao tipo de trilha que se pretende fazer.

Veja a lista de picos, começando pelo menos alto (com 1650 m de altitude) até o maior (2072 m): Pico da Verruguinha, Pico Três Irmãos, Pico da Conceição, Pico da Canjerana, Pico da Carapuça, Pico do Inficionado e o Pico do Sol.

Assim como em outros trajetos, recomenda-se a presença de um guia especializado para guiar a caminhada. Trechos mais desafiadores fazem parte do roteiro, como a subida pela mata do Pico da Carapuça, e o início da subida até o Pico do Inficionado, no qual chega a ser necessário usar o apoio das mãos para conseguir avançar no trajeto.

Pico da Conceição também tem uma parte marcada por mata fechada, e é pouco acessado por visitantes. Por isso, tem poucos vestígios de trilha, o que faz a caminhada ser mais árdua.

Outro pico que também tem pouca trilha marcada é o da Verruguinha – que ainda guarda sinais do caminho usados por tropeiros e bandeirantes para cortar caminho até Mariana e Ouro Preto.

O trajeto que oferece menos dificuldade para os caminhantes é o Pico da Canjerana, que tem 12 km.

Serra do Cipó

O passeio começa no Parque Nacional da Serra do Cipó. A trilha de trekking tem cerca de 22km (11 para a ida, e o mesmo para a volta). O local não tem muita sinalização, então o acompanhamento de um guia ou trilheiro mais experiente é recomendado.

Alguns trechos do percurso apresentam mata fechada e densa, mas a maior parte é aberta. O trajeto é marcado por sempre-vivas e outras espécies da flora mineira. Ao longo da caminhada, a vegetação local vai variando entre Cerrado, Mata Atlântica e Campos Rupestres.

Pinturas rupestres são encontradas pelo caminho, tornando o passeio uma espécie de expedição ao passado também.

O ponto mais alto da caminhada é o Travessão. É lá também que a paisagem fica ainda mais bonita, chegando ao seu auge com o vale entre as montanhas.

Travessia da Serra Fina

É por essa travessia que se alcança o 4º pico mais alto do Brasil. Localizado na Pedra da Mina, o pico faz parte do circuito que atravessa o complexo da Serra Fina. Para chegar ao topo, que está a quase 3.000m de altitude, o devido preparo físico é essencial. Não por acaso, a Travessia Serra Fina é considerada uma das mais desafiadoras do Brasil.

A trilha acontece pela Serra da Mantiqueira, entre o Parque Nacional do Itatiaia e o maciço Marins-Itaguaré. As paisagens variam de florestas de altitude a campos de altitude, sempre com vistas panorâmicas que incentivam os visitantes a seguir em frente.

A trilha de trekking demorou a ser mais popular entre praticantes dessa modalidade justamente por seu difícil acesso, mata fechada, desnível de caminhada e poucos pontos de abastecimento de água.

Uma das recompensas oferecidas pela trilha é a visão exuberante da natureza, mas uma em particular é ainda mais especial: o Parque Nacional do Itatiaia, considerado o primeiro parque nacional do Brasil, é avistado de longe durante a caminhada.

Travessia Lapinha da Serra até Tabuleiro

A travessia feita a pé pela Serra do Espinhaço dura dias, então esse é um percurso que pede disposição e preparo. É um trajeto que exige muito fisicamente dos participantes.

No entanto, a experiência de superar obstáculos, conectar-se com a natureza, e ver de perto o esplendor das montanhas e cachoeiras de Minas faz com que essa seja uma das rotas mais famosas do estado.

O destino final é a majestosa Cachoeira do Tabuleiro, a maior de Minas Gerais. Pelo caminho, quedas d’água, vegetação nativa e a visão das montanhas que cercam o trajeto ajudam a compensar o esforço físico.

Conhecer os vilarejos do entorno também é uma atração à parte, trazendo uma experiência bucólica e um gostinho da vida simples no interior do estado.

O trajeto passa por Lapinha da Serra e segue até o distrito de Tabuleiro, próximo de Conceição do Mato Dentro. No total, o percurso tem cerca de 30 km.

Preservação da natureza (e da sua saúde)

Como se percebe, o montanhismo é um esporte totalmente baseado na troca com a natureza.

Respeitar as belezas naturais é mais do que fazer o básico, que envolve não poluir as trilhas, não prejudicar a vegetação local, não contribuir com queimadas, e nem interferir com a fauna e flora locais.

Além disso, saber o período correto de visita também diz muito sobre o nível de comprometimento do profissional: além de ter conhecimento sobre quando evitar chuvas e ventos fortes, é interessante não fazer as trilhas em épocas em que os parques e terrenos estão mais cheios – é o caso de feriados prolongados, por exemplo.

Como se cuidar durante a prática de trekking

  • sinal de celular pode se perder pelo caminho. Por isso, não conte com GPS para auxiliar a volta para casa. Trilheiros e trekkers com pouca experiência devem optar por caminhadas com guias especializados, ou por rotas bem sinalizadas.
  • Durante sua rota, você pode acabar adentrando em terrenos com mata mais fechada. Por isso, use roupas que protejam suas pernas e braços.
  • Como o tempo ao ar livre vai ser grande, use protetor solar no rosto e no corpo.
  • Não faça trilhas desacompanhado, independentemente do seu nível de experiência, em épocas de chuva. Os caminhos ficam mais escorregadios, desafiadores, e os riscos de se machucar podem ser maiores.
  • Hidrate-se constantemente, levando consigo uma quantidade adequada de água para todo o percurso. A desidratação pode ser perigosa, especialmente em trilhas longas e sob sol intenso.
  • Use calçados apropriados para trekking, como botas ou tênis específicos, que oferecem melhor aderência e suporte, reduzindo o risco de torções e quedas. Consulte o guia escolhido para saber o tipo adequado de calçado.
  • Tenha um kit de primeiros socorros básico, incluindo itens como band-aids, antissépticos, e medicamentos para dores e alergias. Estar preparado para pequenas emergências é essencial.
  • Informe sempre um amigo ou familiar sobre a sua rota e o tempo estimado de retorno. Em caso de emergência, alguém saberá onde você está e poderá acionar ajuda.

FONTE ITATIAIA

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