Idosa de 67 foi internada em condições precárias de saúde e morreu em abril deste ano
Uma mulher de 41 anos foi presa suspeita de crime de maus-tratos contra a mãe, de 78, e uma outra idosa, de 67, em Ipatinga, no Vale do Rio Doce, nessa terça-feira (2 de julho). Segundo a Polícia Civil, a idosa de 67 foi internada em condições precárias de saúde e morreu em abril deste ano.
Conforme as investigações, a suspeita é filha adotiva da idosa de 78 anos. A idosa era tutora da outra vítima, que morreu em consequência dos maus-tratos. O crime começou após a mais velha passar por uma cirurgia e não conseguir suprir os cuidados básicos de higiene e alimentação da vítima de 67 anos.
Segundo a PCMG, a partir daí, a filha da idosa passou a impedir o acesso dos familiares às idosas e também não providenciava os cuidados básicos. Testemunhas contaram à PCMG que a idosa de 67 anos teve feridas em razão da falta de higiene, após ficar vários dias com a mesma fralda. Na ocasião, familiares pediram à investigada para levá-la a fim de cuidar dos machucados, o que foi negado.
Os ferimentos, no entanto, evoluíram para estado de necrose, quando os vizinhos encaminharam a senhora para o hospital. Na unidade, a suspeita teria ainda restringido as visitas e deixado a paciente sem acompanhante.
Morte por maus-tratos
Em decorrência dos maus-tratos, conforme laudo pericial, a vítima morreu em abril deste ano. Quanto à mãe adotiva, ela continuou na residência sem cuidados e higiene necessários. Nesta terça-feira, data da prisão da suspeita, a equipe policial constatou, entretanto, que a idosa se encontrava na casa de parentes em outra cidade da região.
Após a conclusão do inquérito policial, a PCMG indiciou a investigada e representou pela prisão preventiva dela, devido à morte de uma das vítimas. A suspeita foi presa e encaminhada ao sistema prisional.
Segundo a PCMG, a suspeita poderá responder pelo crime previsto no Estatuto do Idoso com incidência na Lei Maria da Penha.
Denúncias
Denúncias de violações contra os idosos devem ser registradas nos órgãos de proteção ou via Disque 100 e Disque-Denúncia 181.
FONTE O TEMPO