A maior loja de móveis do Brasil, Manlec, declarou falência após 71 anos no mercado, deixando um débito de R$ 100 milhões. O colapso inesperado pegou os consumidores de surpresa e abalou o setor varejista do país. A loja foi fundada em 1953 por Atílio Manzoli e Felipe Lechtman, no bairro Bom Fim de Porto Alegre. A loja foi mais que uma simples unidade para venda de móveis.
A empresa se tornou um símbolo de inovação e qualidade para gerações de gaúchos. Com uma fábrica especializada em copas coloniais, a Manlec conquistou os clientes pelo design diferenciado e excelência nos produtos.
Apesar da inauguração em 1967, a marca expandiu-se rapidamente com 46 unidades espalhadas pelo Rio Grande do Sul. A Manlec oferecia uma vasta gama de produtos, incluindo eletrodomésticos e serviços de design de interiores. Ainda, suas campanhas publicitárias criativas tornaram-se parte da cultura popular gaúcha.
Dificuldades financeiras
No entanto, a partir dos anos 2000, a Manlec começou a enfrentar dificuldades financeiras. A concorrência crescente, mudanças no perfil do consumidor e a crise econômica global impactaram negativamente a empresa.
Em 2014, a Manlec entrou em recuperação judicial, tentando reestruturar suas dívidas. Infelizmente, essas medidas não foram suficientes e, em julho de 2017, a falência foi decretada pela Justiça.
Fim de uma era
O fechamento da Manlec marcou o fim de uma era na comunidade gaúcha, agora o setor varejista do estado enfrenta um vazio significativo, enquanto questiona-se sobre a gestão financeira da empresa e os desafios que levaram ao seu fim.
Apesar disso, a legislação brasileira, com a Lei nº 14.112/2020 de Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falências, oferece ferramentas essenciais para que empresas com dificuldades possam pagar seus credores e, se possível, retornar ao mercado.
FONTE COLUNA FINANCEIRA