No total, 16 das 17 peças furtadas no último dia 15 foram recuperadas; a outra faltante já havia sido reavida no dia do crime. Elas estavam com pessoas que, a princípio, não estavam envolvidas no crime
A Polícia Federal recuperou 16 das 17 peças furtadas do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte. O crime aconteceu no dia 15 de junho.
As peças foram recuperadas nesta quinta-feira (11) e entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) nesta sexta-feira (12).
- A polícia informou que as peças estavam com pessoas não envolvidas com o crime, que prestaram depoimento e foram liberadas por, “a princípio, estarem de boa-fé e por terem colaborado com as investigações”.
A outra peça faltante foi recuperada ainda no dia do furto, quando o suspeito do crime foi localizado e preso em flagrante pela Polícia Federal. A Justiça converteu a prisão para preventiva e ele segue detido até hoje.
A investigação
A Polícia Federal iniciou as investigações para apurar o envolvimento com outras pessoas e localizar as peças.
O suspeito do crime é um morador de rua que, inicialmente, não tinha conhecimento a respeito das peças furtadas.
“São peças que, aparentemente, não tem um valor econômico elevado, são canivetes, martelos. Mas possuem um valor histórico inestimável, são do século 17 e carregam parte da história do povo brasileiro”, relembrou o delegado Marcio Wilkie Barro, de repressão a crimes contra o meio ambiente.
No mesmo dia do crime, o suspeito ofereceu as peças para as pessoas com que os artigos foram localizados. Elas foram vendidas por R$ 30.
À polícia, as pessoas que estavam sob posse da peça disseram que não gostariam de ter comprado, mas que fizeram “para ajudar” o homem que estava vendendo.
Disseram, ainda, que não sabiam que se tratava de um furto, que só descobriram por meio do noticiário e que pretendiam devolvê-las.
O caso
O museu foi arrombado na manhã do dia 15 de junho. Segundo a diretoria do museu, todos os artigos levados e recuperados pertencem ao acervo de carpintaria, como formões, pequenos martelos e canivete.
“Estas peças não possuem valor financeiro e sim histórico e cultural. São peças voltadas para área de carpintaria, sendo formões, pequenos martelos, canivete, arco de pua, entre outras”, disse a diretoria, na época.
O arrombamento foi depois das 6h. O suspeito quebrou um do vidros do museu para ter acesso às obras.
Mais de 20 peças foram furtadas do Museu de Artes e Ofícios — Foto: Sesi Fiemg/ Divulgação
FONTE G1