CLIMA QUENTE: Operação que prendeu envolvidos no assassinato de Roberto de Carvalho incendeia as eleições

O clima é cada vez mais incendiário e conflitante em Itaverava (MG), quando cada vez mais se aproxima o pleito de 6 de outubro. Oposição e situação se digladiam nas redes sociais chegando às agressões mútuas. “O clima é de ódio”, disse uma internauta em meio a disputa. Agora a polêmica é falta de água em Monsenhor Isidro. Os lados ambos se atacam.

Operação da PCMG

Mas o clima tenso contagiou os eleitores em meio a uma das maiores operações policiais já ocorridas em Itaverava que contaminou a disputa inflamando os dois grupos. Há mais de 15 dias, a PCMG desencadeou uma operação na cidade como também em Conselheiro Lafaiete prendendo 3 pessoas envolvidas no assassinato do ativista pólítico Ricardo Assumção, de 50 anos, conhecido como Roberto de Carvalho. O crime ocorreu no início de novembro. Na semana passada, mais dois foragidos foram levados ao presídio de Lafaiete e investigação ocorre dentro do máximo sigilo. Novos desdebramentos da operação podem levar a novas prisões.

Dois réus estão ligados na atual administração envolvendo um núcleo da prefeitura na morte de Ricardo de Carvalho. A sombra da vítima apovora a atual gestão e muito temem pelo escândalo revelado pela operação da PCMG impacte diretamente nas eleições. O inquérito deve revelar novos nomes no assassinato.

A disputa

Os dois candidatos são xarás, algo inédito nas eleições Itaverava (MG) e uma disputa que já incendeia os 5.709 eleitores.

De um lado, o atual gestor, José Flaviano, o sempre polêmico “Nô”, tenta emplacar seu afilhado, Wanderley Lopes, mais conhecido como Delei do Bananal, pela coligação “O Trabalho Continua” (PODE / PRD / PL). Seu vice é Fábio Peropa. Delei declarou um patrimônio de R$335 mil.

A oposição marcha unida com o candidato Vanderlei Dias Neiva, o Delei do João Neiva. Seu vice é Sãozinho Professor. A coligação é “Juntos somos mais fortes” reunindo os partidos PSD / UNIÃO. Delei declarou bens no valor de R$ 10 mil.

Repercussão

Mas os itaveravenses ainda estão assustados com a revelação do inquérito da PCMG envolvendo homens graúdos do executivo. A comunidade pede justiça. “Aos poucos vão caindo um a um que tirou a vida de um cidadão por motivos tortos. Deus no comando, e não pensem que os que ainda não caíram e ficaram impune. Que tudo que está escondido seja revelado e os culpados paguem na justiça. Justiça ao Roberto Carvalho que o único crime foi querer ver o melhor para a cidade que escolheu para viver”, disse uma internauta.

“Que os culpados sejam punidos sob a égide da lei. E que sirva de exemplo aos que acham que existe crime perfeito. A punição tem que ser exemplar pra que nunca mais aconteça este tipo de crime em nossa Itaverava…pode-se ser adversário político, mas nunca inimigo. A tolerância e o respeito ao contraditório deve sempre prevalecer em simbiose com o império da lei. Partiu antes da hora. Forçado a fazer uma viagem fora do combinado. Podia ser polêmico e questionador. Mas sempre buscava a verdade e o bem comum. Era sincero, transparente e amigo. Foi vítima da intolerância de pessoas que não aceitam críticas e o contraditório. Foi executado forma fria, bárbara e covarde”, postou um inernauta em suas redes sociais.

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