Saiba quais são os municípios mineiros que mais geraram empregos em 2024

Cidades mais populosas costumam ter uma economia muito mais desenvolvida e diversificada, o que impacta no emprego, destaca especialista

Minas Gerais registrou a abertura de 188,3 mil empregos formais no acumulado de janeiro a agosto deste ano, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Entre os 853 municípios do Estado, 645 encerraram o período com saldo positivo, 13 apresentaram estabilidade e 195 fecharam postos de trabalho. 

As cidades que mais criaram vagas nesse intervalo foram, respectivamente, a capital Belo Horizonte (30,1 mil), seguida por Contagem (9,3 mil) e Betim (7,2 mil), ambas da região metropolitana (RMBH); Juiz de Fora (6,5 mil), da Zona da Mata; e Uberlândia (4,8 mil), no Triângulo Mineiro.

Todas elas figuram no top seis dos maiores municípios de Minas Gerais em termos populacionais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao Censo 2022, mostram que Belo Horizonte lidera com 2,3 milhões de habitantes, seguida por Uberlândia (713,2 mil), Contagem (621,9 mil) e Juiz de Fora (540,8 mil). Betim, por sua vez, aparece em sexto lugar (411,9 mil). 

Ainda que cada uma dessas cidades tenha sua própria dinâmica econômica, o que impacta o mercado de trabalho, o coordenador do curso de Ciências Econômicas do Ibmec BH, Ari Francisco de Araujo Junior, diz que um fator importante nesse caso é justamente o tamanho delas. 

Desenvolvimento e diversificação econômica 

De acordo com ele, os municípios maiores costumam ter uma economia muito mais desenvolvida e diversificada, o que acaba facilitando a criação de empregos em um contexto de aquecimento econômico, porque possivelmente a abertura de vagas acontece de maneira mais abrangente entre os setores. Entretanto, o coordenador pondera que isso não significa que uma atividade específica não possa eventualmente pesar sobre o resultado de uma localidade qualquer. 

Saiba quais são os municípios mineiros que mais geraram empregos em 2024
A capital Belo Horizonte, seguida por Contagem e Betim, ambas na RMBH, lideraram a geração de emprego no acumulado de janeiro a agosto de 2024 | Crédito: Diário do comércio / Alessandro Carvalho

De fato, o Caged indica uma predominância do setor de serviços nas cinco cidades que mais abriram postos de trabalho nos primeiros oito meses de 2024, sobretudo em Belo Horizonte (a área respondeu por 74,8% dos empregos gerados), Contagem (69,8%) e Juiz de Fora (64,1%). 

Em Betim (48,8%) e Uberlândia (47,2%), o percentual de participação do setor de serviços na geração de vagas foi menor. No município da RMBH, o restante ficou dividido entre a indústria (36,4%), comércio (10,1%) e construção (4,8%), enquanto no do Triângulo Mineiro a divisão ocorreu assim: atividade construtiva (25,1%), comercial (18,6%) e industrial (18%), indicando uma abrangência maior entre os setores. Em ambos os casos, a agropecuária registrou déficit. 

Atração de investimentos privados

Outro aspecto que impulsiona o mercado de trabalho é a atração de investimentos privados. Araujo Junior afirma que isso também tem relação com o desenvolvimento econômico dos locais.

“Onde vou instalar uma indústria nova? Provavelmente onde a mão de obra está acessível e relativamente mais bem treinada” , diz. “Uma coisa acaba levando a outra”, completa. 

O ponto destacado pelo coordenador é visto na prática. Contagem e Betim, por exemplo, são considerados polos industriais do Estado e, constantemente, atraem grandes aportes do setor privado, seja em novas instalações ou em expansão, elevando o número de empregos gerados. 

As cidades que mais fecharam postos de trabalho

Na outra ponta do Caged, na qual estão as cidades que registraram o pior desempenho no acumulado de janeiro a agosto, ficaram: Timóteo (com saldo negativo de 399 vagas de emprego), localizada no Vale do Aço; Delta (-375), no Triângulo Mineiro; Jeceaba (-293) e Santa Bárbara (-279), ambas na região Central; e Serra do Salitre (-260), no Alto Paranaíba.

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

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