É o segundo maior conjunto de montanhas da América Latina; local abrange 3 biomas (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), em 172 municípios.
Reconhecida pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera e maior cadeia de montanhas do Brasil, a Cordilheira do Espinhaço é formada pelo segundo maior conjunto de montanhas da América Latina.
A região abrange três biomas (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), em 172 municípios, em uma área de mil quilômetros de extensão. 90% da cordilheira se localiza em Minas Gerais e os outros 10%, na Bahia, passando pela Chapada Diamantina.
Além das atividades de montanhismo e de geologia, a região tem cânions, lagos, rios, cachoeiras e trilhas de diferentes níveis, espalhados em unidades de conservação como o Parque Estadual de Grão Mogol, o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parque Nacional das Sempre-Vivas.
Os destaques ficam para as cidades mineiras de Grão Mogol, conhecida pelo centro tombado como patrimônio histórico e pinturas rupestres em cavernas, Botumirim, Cristália, Itacambira e Turmalina, responsáveis pela articulação da criação desse produto turístico, oficializado em março de 2023.
Porém, a cordilheira abrange também Ouro Branco, Ouro Preto, Catas Altas, Caeté, Serro, Diamantina, Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos-d’Água, Monte Azul, entre outras.
Atrações na Cordilheira do Espinhaço
Grão Mogol
Com 28 mil hectares, o Parque Estadual de Grão Mogol tem trilhas e cachoeiras como principais atividades, como a Trilha do Barão e a Cachoeira Véu das Noivas, entre outras paisagens naturais mantidas dentro da unidade de conservação administrada pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas).
Na Trilha do Barão, o visitante tem acesso a uma das caminhada históricas mais preservadas de Minas, uma via construída por escravizados, no período colonial, com pavimentação em cantarias (pedras irregulares), margeadas por muros de arrimo em rocha.
Já a Cachoeira Véu das Noivas tem 34 metros de altura, aproximadamente, e é rodeada por formações rochosas e vegetação de campo rupestre.
A entrada para visitação é gratuita, mediante agendamento.
Botumirim
A observação de aves é a atividade mais popular dessa região que, nos últimos dois anos, recebeu turistas de 35 países para o avistamento de animais como a rolinha-do-planalto, considerada uma das dez aves mais raras do mundo e que tem o Parque Estadual de Botumirim como um de seus últimos refúgios naturais.
Outra atração do parque é o Balneário Rio do Peixe, que abriga uma praia de areia branca e um complexo de pequenas quedas d’água que desemboca em poços ferruginosos, excelentes para o banho.
A entrada é gratuita e o balneário está aberto todos os dias da semana.
Santuário do Caraça
A 120 quilômetros de Belo Horizonte, entre os municípios mineiros de Catas Altas e Santa Bárbara, esse santuário começou com a construção de uma capela barroca dedicada à Nossa Senhora Mãe dos Homens. O local é considerado a primeira igreja neogótica do Brasil e foi construído sem mão-de-obra escrava, em pedra-sabão, mármore e quartzito.
Para quem vai fazer turismo, as opções são atividades como trilhas, prainha no Ribeirão Caraça, quedas d’água, piscinas naturais e sete picos para escalada, como o Pico do Sol, o mais alto da Cadeia do Espinhaço, a 2.072 metros.
Porém, a atração mais famosa do santuário é a visita do lobo-guará, símbolo do Cerrado e maior canídeo do continente, que costuma dar as caras no adro da igreja, onde são colocadas bandejas com carne para atrair os animais.
Eles não têm hora marcada para chegar e a espera é conhecida como a “hora do lobo”, que costuma ser a partir das 18h30. Enquanto isso, funcionários do Caraça proporcionam aos hóspedes conversas informais sobre educação ambiental e as características do lobo-guará.
* fonte: Ministério do Turismo e Agência Minas
FONTE TERRA