Restrições natalinas abordam razões culturais, políticas e religiosas.
O Natal, uma das festas mais celebradas globalmente, enfrenta resistência em certas regiões do mundo, pois, em alguns países, a data é vista como uma ameaça às religiões locais ou tradições.
Essas restrições geram debates acalorados entre defensores da liberdade religiosa, os governos e a própria população.
Nos últimos tempos, na Ásia, celebrações relacionadas ao Natal e Ano Novo passaram a ser desencorajadas. Os governos impuseram restrições que afetam até mesmo as comunidades cristãs.
Estas ações refletem tensões políticas e culturais e contrastam com a crescente influência ocidental. A diferença entre tradições locais e influências ocidentais é evidente em países como a Coreia do Norte.
Locais onde o Natal não pode ser comemorado
A seguir, veja alguns países e regiões nos quais o Natal não apenas é incomum, como também não pode ser celebrado.
Coreia do Norte
A Coreia do Norte endureceu sua postura contra o Natal a partir de 2016, com a proibição de reuniões, álcool e cantoria. Essas ações refletem as tensões com o Ocidente.
Sob o comando de Kim Jong-un, o Natal lá não é apenas desencorajado, mas proibido. A data é substituída pela comemoração da “Mãe Sagrada da Revolução”, mãe do ex-líder Kim Jong-il.
China
Na China, o Natal é proibido desde a revolução socialista. No entanto, a festividade tem se tornado popular em cidades maiores.
A cidade de Wenzhou baniu atividades natalinas em escolas, e as universidades também desencorajam o Natal a fim de promover mais confiança em relação à própria cultura.
Proibições na Ásia Central e Sudeste Asiático
No Tajiquistão, um país de maioria muçulmana, a lista de proibições inclui árvores de Natal e fogos de artifício.
Brunei, que segue a lei islâmica, também proíbe celebrações públicas e símbolos natalinos. Tais medidas visam preservar as tradições locais.
Somália e Arábia Saudita enfrentam o Natal
A Somália, em 2015, baniu o Natal por razões religiosas. Autoridades afirmam que a festa não se alinha ao Islã.
Na Arábia Saudita, as celebrações são desencorajadas, mesmo para expatriados; essas regras impedem sinais visíveis da festa.
Antecedentes históricos no Ocidente
No passado, países ocidentais também impuseram restrições ao Natal. Na Inglaterra, em 1647, Oliver Cromwell proibiu a festa após derrubar a monarquia.
Nos Estados Unidos, governos puritanos ameaçavam punir celebrações. Já em Cuba, o regime de Fidel Castro baniu o Natal entre 1969 e 1998.
Apesar das restrições em algumas partes do mundo, o feriado continua a ser uma festividade importante para muitas pessoas.
A resistência a influências externas destaca a diversidade cultural e as complexas relações entre tradições locais e práticas globais, o que acende ainda mais a discussão sobre a liberdade religiosa e cultural.
FONTE: CAPITALIST