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Nem todo mundo celebra o Natal — em alguns países, a data é proibida

Restrições natalinas abordam razões culturais, políticas e religiosas.

Natal, uma das festas mais celebradas globalmente, enfrenta resistência em certas regiões do mundo, pois, em alguns países, a data é vista como uma ameaça às religiões locais ou tradições.

Essas restrições geram debates acalorados entre defensores da liberdade religiosa, os governos e a própria população.

Nos últimos tempos, na Ásia, celebrações relacionadas ao Natal e Ano Novo passaram a ser desencorajadas. Os governos impuseram restrições que afetam até mesmo as comunidades cristãs.

Estas ações refletem tensões políticas e culturais e contrastam com a crescente influência ocidental. A diferença entre tradições locais e influências ocidentais é evidente em países como a Coreia do Norte.

Feriado não é bem-aceito em todo o mundo – Imagem: reprodução/Toni Cuenca/Unsplash

Locais onde o Natal não pode ser comemorado

A seguir, veja alguns países e regiões nos quais o Natal não apenas é incomum, como também não pode ser celebrado.

Coreia do Norte

A Coreia do Norte endureceu sua postura contra o Natal a partir de 2016, com a proibição de reuniões, álcool e cantoria. Essas ações refletem as tensões com o Ocidente.

Sob o comando de Kim Jong-un, o Natal lá não é apenas desencorajado, mas proibido. A data é substituída pela comemoração da “Mãe Sagrada da Revolução”, mãe do ex-líder Kim Jong-il.

China

Na China, o Natal é proibido desde a revolução socialista. No entanto, a festividade tem se tornado popular em cidades maiores.

A cidade de Wenzhou baniu atividades natalinas em escolas, e as universidades também desencorajam o Natal a fim de promover mais confiança em relação à própria cultura.

Proibições na Ásia Central e Sudeste Asiático

No Tajiquistão, um país de maioria muçulmana, a lista de proibições inclui árvores de Natal e fogos de artifício.

Brunei, que segue a lei islâmica, também proíbe celebrações públicas e símbolos natalinos. Tais medidas visam preservar as tradições locais.

Somália e Arábia Saudita enfrentam o Natal

A Somália, em 2015, baniu o Natal por razões religiosas. Autoridades afirmam que a festa não se alinha ao Islã.

Na Arábia Saudita, as celebrações são desencorajadas, mesmo para expatriados; essas regras impedem sinais visíveis da festa.

Antecedentes históricos no Ocidente

No passado, países ocidentais também impuseram restrições ao Natal. Na Inglaterra, em 1647, Oliver Cromwell proibiu a festa após derrubar a monarquia.

Nos Estados Unidos, governos puritanos ameaçavam punir celebrações. Já em Cuba, o regime de Fidel Castro baniu o Natal entre 1969 e 1998.

Apesar das restrições em algumas partes do mundo, o feriado continua a ser uma festividade importante para muitas pessoas.

A resistência a influências externas destaca a diversidade cultural e as complexas relações entre tradições locais e práticas globais, o que acende ainda mais a discussão sobre a liberdade religiosa e cultural.

FONTE: CAPITALIST

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