Em meio a polêmica instalada em Conselheiro Lafaiete (MG) e a pressão popular, os vereadores recuaram na proposta de aumentar os seus próprios salários, vice, secretários municipais, além da criação do 13º e férias. Na sessão extraordinária desta sexta-feira (13) estavam em pauta dois projetos: o que aumentaria de R$9.092,93 para R$ 14.120,00 os salários dos secretários municipais e o vice-prefeito, como também iria instituir o direito ao 13º e férias remuneradas a todos os agentes políticos, leia-se, prefeito, vice, secretários e vereadores.
Porém os dois projetos foram retirados de pauta. Com a decisão, os salários serão revisados pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) anualmente, algo em torno de 5%, ao longo da legislatura 2025/2028. A Procuradoria do Legislativo já havia emitido pareceres contrários ao projetos, citando a Lei de Responsabilidade Fiscal, em que em ano eleitoral, os aumentos só podem valer a 180 dias do pleito.
Fala do Prefeito
O prefeito eleito de Lafaiete, Leandro Chagas (PRD) citou nas redes sociais a observância dos princípios de respeito e responsabilidade ao se posicionar contra os aumentos dos agentes públicos. “Deixei clara minha posição contrária sobre a proposta de aumento salarial de vereadores, secretários, prefeito e vice. Reconheço e parabenizo os vereadores pela discussão, afinal, os salários na nossa cidade estão defasados, comprometendo, por exemplo, a contratação de bons profissionais na saúde e outras áreas essenciais, mas acredito que esse não é o momento.
Mais da metade da população de Lafaiete vive com um salário mínimo ou menos. Por isso, minha prioridade é trabalhar para aumentar a arrecadação do município e promover uma readequação orçamentária de forma responsável, sempre pensando no bem-estar das pessoas e no desenvolvimento da cidade. Meu compromisso é claro: melhorar a qualidade de todos que vivem em nossa cidade”.