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Jeceaba / Belo Horizonte – Ramal do Paraopeba é tema de dissertação do arquiteto Mateus Maia, mestrando pela UFMG

Mateus Felipe Rocha Maia é arquiteto graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de São João Del-Rei; mestrando em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em história urbana, e há mais de seis anos vem desenvolvendo pesquisas nos seguintes temas: Morfologia Urbana, Paisagem, Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo e Território.

Mateus Felipe Rocha Maia é arquiteto graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de São João Del-Rei; mestrando em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em história urbana, e há mais de seis anos vem desenvolvendo pesquisas nos seguintes temas: Morfologia Urbana, Paisagem, Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo e Território.
 

Proposta da dissertação

Entre 1910 e 1919, foi executada na região central de Minas Gerais uma obra de grande custo que visava abandonar o antigo tronco da principal ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Central do Brasil, e implantá-la ao longo do Rio Paraopeba. A decisão pelo novo traçado, que ampliava o percurso entre as antigas estações General Carneiro e Queluz (Conselheiro Lafaiete) acarretava a necessidade de novas desapropriações, não foi devidamente estudada pela historiografia.

Controvérsias do projeto e objetivos do estudo

Segundo Mateus Maia, a presente dissertação visa, por um lado, explicitar as controvérsias e os jogos de interesses que apoiaram e viabilizaram esta iniciativa, por outro, demonstrar as transformações que sua execução ocasionou no território do Vale do Paraopeba. O estudo apoia-se, portanto, em dois objetivos centrais. O primeiro deles é demonstrar que a decisão pela construção do novo ramal recupera um projeto de integração territorial do século XIX, inserindo-se na confluência de interesses que envolvem a viabilização geopolítica da nova capital e o desenvolvimento da mineração em Minas Gerais. O segundo é comprovar que ao implantar o novo trajeto nas várzeas do Rio Paraopeba, ocasionou-se a reversão das estruturas de longa duração que permitiram que este território se estabelecesse como lugar de resistência às margens do controle direto das administrações centrais durante quase três séculos.

Dissertação estrutura-se em três capítulos

O trabalho desenvolvido estrutura-se em três capítulos. O primeiro dedica-se à análise das disputas de interesses que envolveram a decisão da construção da linha ao longo do Paraopeba, das quais se destacam: as diferenças entre as linhas executadas pelo poder público – calcadas em interesses políticos e de integração territorial – daquelas de iniciativa privada – as ferrovias chamadas cata-café –, as controvérsias em torno da bitola adequada à expansão ferroviária e a especulação fundiária dos territórios atravessados pela ferrovia. O segundo capítulo dedica-se, em específico, à construção do Ramal Paraopeba, explicitando as controvérsias e condições enfrentadas durante a execução da obra. No terceiro capítulo demonstra-se como um território antes marginal transformou-se em termos geopolíticos, populacionais e fundiários após a implantação da ferrovia, que estrutura parte dos dilemas entre as ocupações e o avanço da mineração na contemporaneidade.

Quando e local:

Com o tema “A construção do novo tronco da EFCB na região central de Minas Gerais e a reestruturação territorial do Vale do Paraopeba no início do século XX.” a dissertação acontecerá no dia 17/12/2024, às 14 horas, na Sala de Congregação da Escola de Arquitetura da UFMG. Rua Paraíba, 697, Savassi, Belo Horizonte.

Tarcísio Martins, jornalista.  

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