Uma análise das rodovias brasileiras revelou qual estado possui as estradas mais perigosas do país
O relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT) trouxe dados alarmantes sobre a situação das rodovias brasileiras. Após analisar 111.853 km em todo o país, o levantamento revelou que 67% das vias estão em condições inadequadas, classificadas como regular, ruim ou péssimo. Veja abaixo a rodovia mais perigosa do Brasil.
Condições gerais das rodovias
A pesquisa classificou as rodovias em cinco categorias: ótimo (7,5%), bom (25,5%), regular (40,4%), ruim (20,8%) e péssimo (5,8%).
A avaliação foi baseada em três fatores principais: pavimento, sinalização e geometria da via. Os dados reforçam que a precariedade das estradas compromete tanto a segurança quanto a eficiência do transporte.
Impactos da má conservação
De acordo com a CNT, os trechos em condições ruins ou péssimas apresentam problemas graves, como pavimento desgastado, buracos e ondulações. Essas falhas aumentam o risco de acidentes, dificultam o tráfego e impõem custos extras aos motoristas.
“A condição precária da superfície das rodovias é um fator determinante para a instabilidade dos veículos. Isso pode causar mudanças bruscas de direção e perda de controle, resultando em colisões e outros acidentes”, destaca o relatório.
Estados com as piores rodovias
Autoesporte compilou os dados e apontou os dez estados com maior proporção de rodovias classificadas como péssimas. Amazonas lidera o ranking, com 38,6% de suas vias nessa categoria. Confira a lista completa:
10º Lugar: Tocantins
- Péssimo: 7,6%
- Total avaliado: 3.569 km
Tocantins apresenta problemas significativos em 273 km de rodovias, comprometendo o tráfego em regiões estratégicas.
9º Lugar: Minas Gerais
- Péssimo: 7,8%
- Total avaliado: 15.589 km
Embora seja um dos estados com maior extensão rodoviária, Minas Gerais enfrenta dificuldades em manter a qualidade de trechos importantes.
8º Lugar: Paraíba
- Péssimo: 9,8%
- Total avaliado: 1.784 km
Com quase 10% das rodovias em condições críticas, a Paraíba enfrenta desafios na mobilidade.
7º Lugar: Pernambuco
- Péssimo: 12,1%
- Total avaliado: 3.189 km
O estado possui 386 km de rodovias em péssimas condições, afetando diretamente o tráfego interestadual.
6º Lugar: Maranhão
- Péssimo: 13,4%
- Total avaliado: 4.726 km
No Maranhão, 633 km de estradas estão deteriorados, prejudicando o transporte local e regional.
5º Lugar: Rio Grande do Norte
- Péssimo: 17,3%
- Total avaliado: 1.881 km
O estado apresenta um dos índices mais altos de rodovias péssimas, com 325 km nessa classificação.
4º Lugar: Roraima
- Péssimo: 18,3%
- Total avaliado: 1.165 km
Com 213 km em péssimas condições, Roraima enfrenta dificuldades severas na infraestrutura rodoviária.
3º Lugar: Amapá
- Péssimo: 20,1%
- Total avaliado: 546 km
Apesar da menor extensão avaliada, o estado possui uma alta concentração de problemas nas estradas.
2º Lugar: Acre
- Péssimo: 33,2%
- Total avaliado: 1.347 km
O Acre tem mais de um terço de suas rodovias em péssimas condições, dificultando o tráfego regional.
1º Lugar: Amazonas
- Péssimo: 38,6%
- Total avaliado: 1.030 km
O Amazonas lidera o ranking com quase 40% das rodovias em estado crítico, impactando severamente a logística na região.
A má qualidade das rodovias brasileiras não apenas aumenta os custos de transporte, mas também afeta a segurança de motoristas e passageiros. Além disso, dificulta o escoamento de produtos agrícolas e industriais, comprometendo a competitividade do país.
O relatório da CNT expõe um desafio estrutural que exige atenção urgente nas rodovias do Brasil. Investimentos consistentes em manutenção e modernização são cruciais para reverter esse cenário, promovendo um transporte mais eficiente e seguro para todos.
FONTE: CLICK PETROLEO E GAS