Pode parecer que o mundo todo comemora o Natal, mas, na verdade, menos da metade do planeta celebra essa data oficialmente
Aqui no Brasil celebrar o Natal é tão comum que pode parecer que o mundo todo comemora essa data. Mas, se você pensa isso, saiba que as coisas não são bem assim, na verdade, oficialmente nem metade do planeta celebra a chegada do bom velhinho.
É preciso lembrar que o Natal é uma data religiosa que comemora o nascimento de Jesus. Por tanto, é de se esperar que a maior parte dos cristãos celebrem este dia. Mas apesar do cristianismo ser a religião com o maior número de adeptos do mundo, não significa que a maioria da população global seja cristã.
Dados disponibilizados pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) indicam que as religiões mais predominantes no mundo são o cristianismo (31,4% da população mundial), o islamismo (23,2%) e o hinduísmo (15%).
Algumas religiões tem suas próprias festas comemorativas nessa época do ano, como o Judaísmo, mas não é o Natal como estamos acostumados no Brasil.
Alguns países não comemoram o Natal; saiba quais
Países islâmicos, como Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Nigéria, Líbia, Irã, não se baseiam nos preceitos cristãos. Para esses povos, são mais relevantes os ensinamentos de Maomé, profeta que teria vivido entre os anos 570 e 632, posteriores a Jesus.
Jesus Cristo, segundo eles, foi apenas um dos cinco profetas que vieram trazer a palavra de Deus ao homem. Por isso, eles mantêm uma relação de respeito com a data, mas não a consideram sagrada.
Nações predominantemente budistas, como Vietnã, China, Tibet, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Burma, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia, não se envolvem com o nascimento de Jesus. Embora admirem e respeitem a tradição, para esses povos Jesus é considerado um “Bodhisattva”: um ser de sabedoria elevada, que segue uma prática espiritual que visa superar dificuldades e beneficiar todos os demais seres.
Outra cultura que reconhece a existência de Jesus, mas não o vê como divindade são os judeus. Eles não comemoram nem o Natal nem o Ano Novo da mesma forma que os cristãos.
Para essa cultura, principalmente em Israel, a comemoração de fim de ano é o Hanukah, que significa festa das luzes em hebraico e lembra as vitórias contra a opressão, a discriminação e a perseguição religiosa. A data marca a vitória dos judeus sobre os gregos há mais de dois mil anos, na batalha pela liberdade de seguir a sua religião.
Cultura tradicionalmente presente na Índia, o hinduísmo também não celebra o Natal. Essa religião tem como principais celebrações Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. Essas festividades relacionadas a energias, danças e cantos, têm apenas um significado: adorar a “energia Divina”.
Na China, a religião predominante é o taoísmo, que não faz qualquer referência ao Natal. Essa cultura tem inúmeras outras datas em que se comemora o nascimento de grandes mestres ou a ascensão deles.
O Ano Novo chinês, comemorado segundo o calendário lunar, é uma data flutuante.
FONTE: OLHAR DIGITAL