Pela primeira vez na história de Minas Gerais, o agronegócio superou o setor de mineração nas exportações. Conforme nota da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre janeiro e novembro de 2024, as exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 15,7 bilhões, ultrapassando em 3% o setor de mineração – tradicional líder da balança comercial de Minas Gerais -, que registrou US$ 14,5 bilhões.
Ainda conforme a pasta, o agronegócio representa, até novembro, 40,7% do valor total das vendas externas do Estado, crescimento de 19% na receita e 9% no volume exportado (16 milhões de toneladas) em comparação com igual período do ano passado. A mineração, por sua vez, representou 37,7% das exportações totais, com 14,5 milhões de toneladas embarcadas.
A secretaria diz também que, antes mesmo do fechamento do ano, o agronegócio mineiro superou o recorde anterior, de 2022, quando foram faturados US$ 15,3 bilhões em exportações pelo setor. “A taxa de câmbio nominal mais alta também contribuiu para o excelente desempenho”, cita a pasta na nota.
Embora café, produtos do complexo sucroalcooleiro e carne bovina continuem sendo os principais expoentes das exportações, a diversificação da produção tem sido um fator decisivo. “Novos produtos, como sementes, sêmen bovino, queijos, iogurte, leite condensado, batatas preparadas, água de coco, tapioca, cogumelos, inhame, azeitonas e grão de bico vêm ganhando espaço no mercado internacional”, complementa.
Brasil abriu 300 mercados para produtos agropecuários em menos de 2 anos, diz Carlos Fávaro
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (24) que o Brasil alcançou a marca de 300 novos mercados internacionais abertos para produtos agropecuários em menos de dois anos. “Hoje celebramos uma conquista histórica para o setor agropecuário brasileiro”, disse o ministro, em nota, destacando o impacto na geração de emprego e oportunidades na cadeia produtiva.
O balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostra que foram 222 aberturas de mercado somente em 2024, com 62 novos destinos incorporados à pauta exportadora desde janeiro de 2023. A estratégia incluiu a expansão da rede de representantes no exterior, que ganhou 11 novos postos de adidos agrícolas, chegando a 40 profissionais.
O País ampliou sua pauta exportadora além dos tradicionais carnes e grãos, incluindo produtos como embriões, gergelim, uvas frescas, erva-mate, sorgo, açaí em pó, sementes, noz-pecã e subprodutos de reciclagem animal.
Para 2025, o governo planeja intensificar as ações de promoção comercial em conjunto com a ApexBrasil e o Ministério das Relações Exteriores. “Reforçaremos ainda mais as ações de promoção comercial para que todas as oportunidades que estão sendo geradas possam ser efetivadas”, afirmou em nota o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua.
FONTE: JORNAL DO BRASIL