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Trens de volta ao Brasil! Governo tira a mão do bolso e desembolsa valor MILIONÁRIO para restauração de tradicional complexo ferroviário

O governo federal anuncia R$ 800 mil para projetos de restauro do Complexo Ferroviário de Campo Grande, um ícone da história ferroviária brasileira. Abandonado há anos, o local enfrenta deterioração severa e necessita de investimentos significativos. Será que essa verba inicial é suficiente para preservar um patrimônio de mais de um século? Descubra todos os detalhes.

Se você acha que os trens ficaram no passado e que os complexos ferroviários históricos são apenas relíquias esquecidas, é hora de repensar.

Em uma iniciativa que promete movimentar a preservação do patrimônio cultural brasileiro, o governo federal decidiu liberar uma verba milionária para a restauração de um dos mais emblemáticos símbolos da história ferroviária nacional.

Mas será que o montante é suficiente para enfrentar anos de descaso e abandono?

Na última semana, foi confirmado o repasse de R$ 800 mil para o restauro do Complexo Ferroviário de Campo Grande, pertencente à antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e tombado como patrimônio histórico.

O recurso será direcionado ao desenvolvimento de projetos de arquitetura, engenharia e restauro das áreas mais danificadas, como a Rotunda e os galpões.

A decisão foi oficializada com a publicação do extrato do termo de compromisso no Diário Oficial da União, assinado pelo presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Leandro Antonio Grass Peixoto, e pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

Uma decisão esperada há meses

A expectativa por recursos não é nova. Desde abril de 2024, quando chuvas intensas causaram o desabamento do teto do abrigo de locomotivas, um dos componentes principais do Complexo Ferroviário, a situação exigia uma resposta urgente.

Na época, a prefeita Adriane Lopes reuniu-se com o superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, João Santos, para discutir soluções.

Segundo Santos, o projeto aprovado via PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) contempla ações prioritárias para as áreas mais deterioradas.

“São as partes mais deficientes e com mais problemas a serem resolvidos a curto prazo”, explicou João Santos, referindo-se à Rotunda e aos galpões.

O prazo de vigência do termo de compromisso vai de 20 de dezembro de 2024 a 15 de dezembro de 2025, permitindo um cronograma mais amplo para os projetos iniciais de revitalização.

Decisão judicial reforça urgência

Além da ação do governo federal, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em setembro de 2024, pressionou a prefeitura a reparar os danos no complexo.

O tribunal concluiu que o município vinha descumprindo sua “obrigação legal e constitucional de gerir e preservar o patrimônio histórico-cultural” desde pelo menos 2015.

Segundo o STJ, essa omissão agravou o estado de abandono e descaso com um dos mais importantes marcos históricos de Mato Grosso do Sul.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) já havia emitido pareceres semelhantes, destacando que o Complexo Ferroviário sofria com problemas estruturais severos e negligência prolongada.

A Esplanada Ferroviária, área principal do complexo, concentra imóveis significativos como a Estação Ferroviária, o Armazém Cultural e os galpões, além de espaços livres que ainda mantêm trilhos originais.

Um legado de mais de um século

O Complexo Ferroviário de Campo Grande é muito mais do que um conjunto de prédios antigos.

Ele ocupa uma área de 22,3 hectares, com 135 edifícios construídos em alvenaria e madeira, representando diferentes períodos da história ferroviária brasileira.

Entre suas estruturas, destacam-se as casas dos operários, escolas, escritórios, oficinas e uma caixa d’água icônica.

A estação ferroviária, construída em 1914 e ampliada em 1924 e 1930, é um marco da expansão da malha ferroviária na região Centro-Oeste.

Segundo João Santos, a Esplanada Ferroviária abrange os principais edifícios de grande porte, enquanto o complexo como um todo inclui também ruas, oficinas e propriedades públicas e privadas.

“Ainda é possível ver trilhos que não foram removidos da área urbana, uma lembrança viva da importância histórica desse espaço,” destacou.

Recursos são apenas o começo

Embora os R$ 800 mil liberados pelo governo federal representem um passo significativo, especialistas apontam que o valor é apenas o início de um esforço muito maior necessário para restaurar integralmente o complexo.

A restauração de estruturas com mais de 100 anos exige mão de obra especializada, materiais específicos e planejamento detalhado, o que pode ampliar consideravelmente os custos.

Além disso, é crucial que a sociedade e o setor privado também se envolvam nesse processo, garantindo que o complexo não apenas recupere sua estrutura, mas também se torne um espaço dinâmico, capaz de atrair visitantes e fomentar o turismo cultural na região.

Patrimônio sob ameaça: o que está em jogo?

A preservação do Complexo Ferroviário de Campo Grande é essencial para a memória histórica do Brasil.

Sua deterioração não apenas representa a perda de um legado arquitetônico e cultural, mas também prejudica o potencial de revitalização urbana e econômica da região. 

Subscrições de notícias sobre finanças

Para a prefeita Adriane Lopes, o restauro vai muito além da preservação física dos prédios.

“É uma oportunidade de resgatar a história e devolver à população um espaço que simboliza o desenvolvimento da nossa cidade e do país,” afirmou.

Com os projetos preliminares já em andamento, resta saber se o prazo estipulado até dezembro de 2025 será suficiente para concluir as etapas iniciais e se novos investimentos serão garantidos para completar a revitalização do complexo.

Uma pergunta para o leitor

Você acredita que os esforços do governo serão suficientes para transformar o Complexo Ferroviário de Campo Grande em um exemplo de preservação histórica no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!

FONTE: CLICK PETROLE O GAS

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