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Vítima é identificada por prótese na perna seis anos após rompimento da Vale em Brumadinho

Maria de Lurdes da Costa Bueno é a 268º vítima encontrada na área atingida; dois corpos ainda não foram encontrados

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que os segmentos corpóreos encontrados na quinta-feira (6), em Brumadinho, são de Maria de Lurdes da Costa Bueno, que tinha 59 anos na época do rompimento da Mina do Córrego do Feijão em 2019.

Maria de Lurdes era moradora de São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo e natural da capital paulista. Ela estava passeando com a família para conhecer o Inhotim. Todos estavam hospedados na Pousada Nova Estância, que foi destruída pela lama da barragem.Play Video

‘Foram encontrados diversos segmentos. A gente viu o principal deles tratando de um segmento de fêmur, de um membro inferior direito. Pela imagem a gente suspeita de uma prótese que existe ali próximo a esse fêmur e também junto desses segmentos uma porção de couro cabeludo‘, informou o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros

Com isso, os bombeiros encontraram 268 vítimas, sendo que duas seguem desaparecidas.

Segundo a PC, a vítima foi identificada por meio de exame antropológico no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte.

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Maria Lourdes da Costa Bueno

Corretora que vivia em São José do Rio Pardo (SP), estava de férias com sua família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, que foi atingida pela lama da barragem poucos instantes após o rompimento. A família estava hospedada no local para realizar o sonho do enteado de conhecer o museu Inhotim. Com a tragédia, a pousada foi soterrada pela lama da barragem, resultando na morte de Maria de Lurdes, a de seu marido Adriano Ribeiro da Silva, seus dois enteados, Luiz e Camila Taliberti, e sua nora, Fernanda Damian de Almeida.

Encontro dos segmentos

Os segmentos foram encontrados pouco antes das 9h em uma área de buscas chamada ‘remanso 4′, no local do rompimento da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Antes de Maria de Lurdes, a última vítima identificada encontrada foi em dezembro de 2022, pelos militares.

Duas vítimas seguem desaparecidas

O rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão aconteceu em 25 de janeiro de 2019 e provocou 272 mortes. Os bombeiros trabalham na busca e resgate dos corpos há mais de 2.200 dias. Mais de 4.500 militares já participaram das operações e, atualmente, oito bombeiros trabalham de forma ininterrupta em Brumadinho.

Até o momento, duas vítimas seguem desaparecidas: Tiago Tadeu e Natália Porto. Elas são chamadas de joias pela corporação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação encontrou 20 segmentos humanos no ano passado. Em 2023, esse número foi de 18.

FONTE ITATIAIA

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