Quem passa pela Avenida Geraldo Marques, já perto da sede dos bombeiros/Samu/Tiro de Guerra, na Santa Matilde, já percebe sinais de obras de construção da trincheira que ligará a região central aos bairros Paulo VI e Amaro Ribeiros e adjacências, sob a BR 040. Movimentação de máquina já limpou uma área demarcando o local exato onde será instalada a passagem subterrânea, obra acalentada há mais de 15 anos em função de dezenas de tragédias na rodovia, esperança de encerrar um ciclo de mortes e acidentes.
Uma placa colocada na entrada do Amaro Ribeiro há menos de 15 anos já dá sinais de que agora está saindo do papel. Orçada em quase R$9 milhões o túnel tem previsão de execução de 300 dias e término ainda em 2025, conforme anunciando pelo então Prefeito Mário Marcus. A Secretaria Municipal de Obras e Meio Ambiente informou a nossa reportagem que o cronograma prevê uma duração de 10 meses, é importante destacar que existem prazos para aprovação do projeto que seguirá o modelo executivo não-destrutível. Atualmente, a empresa contratada está na fase de elaboração dos projetos, que serão posteriormente apresentados à ANTT para aprovação e início das obras.
Método não destrutivo
Segundo a prefeitura a construção será pelo método não destrutivo (MND) que tem se consolidado como uma solução inovadora e eficiente para a realização de obras e inspeções em diversos setores, como construção civil, petróleo e gás, e infraestrutura urbana. Esta abordagem, caracterizada por minimizar os impactos ao meio ambiente e reduzir significativamente as interrupções no cotidiano das áreas urbanas, oferece uma alternativa aos métodos tradicionais de escavação e construção, que frequentemente acarretam extensos danos superficiais e inconvenientes para a população.
A aplicação do Método varia conforme a necessidade do projeto, incluindo técnicas como perfuração horizontal direcional, microtunelamento, pipe jacking, entre outras. A execução do MND envolve uso de tecnologias avançadas que permitem a realização de obras subterrâneas com mínima abertura de valas na superfície, garantindo assim uma intervenção menos agressiva e mais rápida, sem comprometer a eficácia e a segurança do projeto.
