Impacto significativo com foco em modernização e inovação na usina de tubarão, promovendo desenvolvimento econômico e criação de empregos
Em uma decisão estratégica, a ArcelorMittal cancelou a expansão da usina em João Monlevade, Minas Gerais, optando por um investimento robusto de R$ 4 bilhões na Usina de Tubarão, localizada no Espírito Santo.
Este movimento visa modernizar e inovar as linhas de laminação e revestimento, reforçando a competitividade do parque industrial.
Foco em inovação e competitividade
Segundo a ArcelorMittal, o foco agora está na modernização e inovação da unidade de João Monlevade para elevar a competitividade.
A decisão de interromper a expansão, que já havia sido iniciada em setembro de 2024 devido ao alto volume de importações de aço, especialmente da China, não diminui a importância da unidade para a empresa.
A planta continua a ser fundamental, especialmente por ser a única produtora de steel cord para o mercado automobilístico no Brasil.
Impacto do investimento no Espírito Santo
O investimento planejado para a Unidade de Tubarão é significativo, variando entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4 bilhões. Este projeto faz parte de um plano estratégico mais amplo, com um total de R$ 25 bilhões previstos para investimentos no Brasil entre 2022 e 2028.
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As novas instalações incluirão um Laminador de Tiras a Frio (LTF) e uma linha de Revestimento Contínuo, que permitirão à unidade expandir sua cadeia de produção e oferecer produtos de maior valor agregado.
Compromisso com o desenvolvimento econômico
Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, destacou que o projeto da Unidade de Tubarão não é apenas um investimento, mas um marco para o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil.
Este investimento fortalecerá a presença da empresa em mercados de alto valor, como os setores automotivo, de eletrodomésticos e construção civil.
Criação de empregos e foco na inovação
Durante o pico da construção, o projeto no Espírito Santo deverá gerar cerca de 2.500 vagas de emprego, e quando operacional, a nova linha demandará aproximadamente 450 profissionais.
A criação de empregos é um dos aspectos positivos deste investimento, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.
Reações e expectativas da ArcelorMittal
Em Minas Gerais, o Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal) expressou seu descontentamento com o cancelamento da expansão, pedindo à empresa que assegure melhores condições de segurança e trabalho para os empregados.
A ArcelorMittal, por sua vez, garantiu que o Brasil continua sendo uma prioridade para o grupo, destacando o potencial de aumento do consumo de aço no médio e longo prazo.
Com os estudos de viabilidade técnica concluídos, o projeto no Espírito Santo agora passa por trâmites internos de aprovação.
A expectativa é que a construção dure cerca de três anos após esta fase, marcando um novo capítulo na história da ArcelorMittal no Brasil.
Este investimento não só reafirma o compromisso da empresa com a inovação, mas também reforça sua estratégia de ampliar o fornecimento de produtos de alto valor agregado para atender às demandas do consumidor final.
FONTE: OTEMPO