A polícia prendeu um suspeito de envolvimento no roubo a uma joalheira no centro de Ouro Preto, na última quarta-feira (18). O homem, de 44 anos, estava dirigindo um veículo supostamente utilizado para a fuga dos criminosos. Os assaltantes levaram, em joias e pedras preciosas, um montante de aproximadamente R$ 2,5 milhões de reais.
As cenas do crime ganharam as redes sociais, devido ao caráter “cinematográfico” do assalto. Em quatro minutos, os bandidos, disfarçados, levaram uma grande quantidade de dinheiro de um loja localizada no coração do Centro Histórico da Cidade Patrimônio Mundial.
As autoridades divulgaram de maneira oficial uma dinâmica mais precisa do crime. Segundo consta no relato da Polícia Militar, dois homens entraram no estabelecimento anunciando o assalto: um deles, armado com um revólver, ordenou que um homem de 53 anos se sentasse e abaixasse a cabeça. Uma trabalhadora de 49 anos, que estava no banheiro, percebeu que o outro envolvido arrombou a porta, anunciou o roubo e a obrigou a abrir expositores, o cofre e colocar joias em uma mochila preta carregada por um dos criminosos.
Quando os criminosos se descuidaram, a funcionária saiu correndo e denunciou o assalto. Os bandidos então fugiram, rapidamente do local em um Ônix prata, dirigindo-se ao bairro Antônio Dias em alta velocidade.
A PM então iniciou a operação de busca aos suspeitos. O carro foi encontrado abandonado no bairro Alto da Cruz, sem ocupantes. Em consulta ao sistema de trânsito, os policiais descobriram que o veículo estava com a placa clonada e era fruto de um roubo que ocorreu em Contagem no mês passado.
A investigação seguiu, com a informação de que na mesma rua onde o carro de fuga foi deixado, os autores entraram em um Fiat Pálio preto. O Pálio foi localizado à tarde na rua Maciel (Alto da Cruz), com quatro ocupantes. Três foram liberados após busca pessoal, pois não portavam ilícitos.
Contudo, os policiais suspeitaram das respostas do motorista, de 44 anos, que não soube responder com precisão as indagações. Segundo o relato da PM, o suspeito disse que estava trabalhando em uma obra no bairro Lagoa, com os outros três ocupantes. Ele afirmou que o carro permaneceu estacionado próximo ao local desde as 8h, saindo apenas para retornar à residência, quando foram abordados. Contudo, imagens de segurança mostraram que o Pálio chegou à obra às 7h31 e saiu logo em seguida.
Os investigadores ainda notaram que o motorista possuía uma camisa que correspondia com a identificada nas imagens registradas. Além disso, uma denúncia anônima indicou que o “piloto de fuga” tingiu a barba de preto para evitar reconhecimento. A blusa amarela apresentava vestígios de tinta preta. Durante a elaboração do Boletim de Ocorrência, ele forneceu duas versões divergentes dos fatos.
As investigações seguem em andamento para encontrar os outros envolvidos e entender com mais precisão a dinâmica dos acontecimentos.
- Radar Geral