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simulado de emergência

PF deflagra operação contra crimes ambientais, corrupção e peculato

Ação em Belo Horizonte tem investigações que incluem diligências de campo, perícias e auditorias; associação criminosa opera desde 2014

No combate aos crimes ambientais, corrupção e peculato, a Polícia Federal realiza, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), nesta sexta-feira (28/3), a Operação Parcours, que foi batizada assim por significar “caminho” em francês. A ação acontece em Belo Horizonte por determinação da 3ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais.

As investigações, que incluem diligências de campo, perícias e auditorias, revelam uma associação criminosa operando desde 2014, com envolvimento de servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e geólogos contratados pela empresa investigada. A previsão é que haja o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos afastamento de dois servidores públicos e suspensão das atividades minerárias. 

Uma mineradora, com sede em Belo Horizonte e filiais em Brasília e São Paulo, explorou ilegalmente a Mina Granja Corumi, localizada na Serra do Curral, numa área tombada e ambientalmente protegida, causando danos significativos ao meio ambiente.

Apesar de um Plano de Recuperação Ambiental (PRAD) ter sido estabelecido em 2008, a exploração irregular resultou em significativa devastação ambiental.

Foram encontradas fraudes no licenciamento e falta de planejamento para cumprimento de condicionantes ambientais. Também foram identificados casos de usurpação mineral, deterioração de bens tombados e corrupção envolvendo servidores públicos da ANM.

R$ 832 milhões. Este é o valor estimado de prejuízos causados pela empresa e seus representantes. Todos são relacionados como suspeitos.

A operação está sendo realizada com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos no valor mencionado, afastamento de dois servidores públicos e suspensão das atividades minerárias na área da Granja Corumi e adjacentes, por determinação da 3ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais.

A Justiça autorizou, também, o compartilhamento de provas com diversos órgãos públicos, buscando uma recuperação efetiva da área.

Um total de 57 policiais federais e sete auditores da CGU estão envolvidos na operação. Os investigados podem responder por crimes ambientais, corrupção e peculato, com penas superiores a 10 anos de prisão. 

FONTE: ESTADO DE MINAS

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