Criadores pagam até R$ 175 por unidade para criação da espécie ornamental
O universo das aves é repleto de curiosidades. E não apenas pelas características únicas de uma determinada raça, do manejo adotado pelos criadores ou da alimentação. O preço dos ovos também chama a atenção pelo alto valor no mercado.
No Brasil, uma dúzia da galinha Índio Gigante, por exemplo, pode custar de R$ 150 a R$ 2,1 mil. O preço equivale a R$ 175 por unidade, bem acima do valor dos ovos caipiras encontrado no varejo. Entenda o motivo disso!
Elsio Figueiredo, pesquisador na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves), explica que o consumidor que adquire os ovos de mesa produzidos por granjas profissionais vê incluído no valor da dúzia a ração feita em uma fábrica própria, insumos comprados em grande escala, animais com pouco peso e logística otimizada.
Enquanto isso, os ovos de Índio Gigante são fertilizados e produzidos em pequena escala por produtores artesanais, sem otimização de custos e logística, fatores que elevam os gastos com a produção.
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Além disso, a raça exige manejos mais complexos, afirma Carlos Lúcio de Souza, engenheiro de produção e produtor rural na Fazenda Galo Gigante, em Baldim (MG).
“A Índio Gigante é cara, e isso não inclui só ovos, mas a ave em si. Pela complexidade de realizar o processo de cruzamento, o custo é mais elevado. Sem contar que nem todos os ovos vão dar uma ave bonita e grande. Alguns são refugo. Eu diria que, de 100 pintinhos, apenas 10% irão se tornar aves de grande valor”, afirma.
O período de postura da galinha poedeira começa e a partir dos oito meses e pode durar até os três anos de idade. A média de ovos por ano é de 160 no caso da Índio Gigante, enquanto raças comerciais são preparadas para colocar até 250.
Conheça a galinha Índio Gigante
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De acordo com Rubens Braz, engenheiro agrônomo e avicultor na Avicultura Gigante, empresa localizada em Formosa (GO), as características específicas da raça ornamental também explicam seu valor de mercado.
A raça, consideradas tranquilas, nada agressivas e de fácil adaptação, apresenta pernas e pescoço longos, postura ereta, corpo alongado e mais fino e plumagem que varia entre penas pretas, brancas, vermelhas e cinzas. O tamanho é o que mais chama atenção.
Enquanto uma galinha comum tem cerca de 70 centímetros, a fêmeas Índio Gigante costumam ter 90 e os machos podem chegar até 1,25 metros. Em relação ao peso, a diferença também é considerável, com os galos pesando entre 6 a 8 quilos, e as fêmeas, de 4 a 5, 2 quilos a mais do que a média das poedeiras tradicionais.
Seus ovos, apesar do sabor e valor nutricional semelhantes aos caipiras, não costumam ser destinados à alimentação, somente quando apresentam defeitos na estrutura. Por exemplo, cascas fina, quebradas ou quando apresentam tamanho irregular.
No início do processo de modificação genética, na Ásia, a ideia era desenvolver uma ave de abate, mas, com o passar do tempo, tornou-se ornamental. Segundo Braz, não é possível encontrar carneO universo das aves é repleto de curiosidades. E não apenas pelas características únicas de uma determinada raça, do manejo adotado pelos criadores ou da alimentação. O preço dos ovos também chama a atenção pelo alto valor no mercado.
No Brasil, uma dúzia da galinha Índio Gigante, por exemplo, pode custar de R$ 150 a R$ 2,1 mil. O preço equivale a R$ 175 por unidade, bem acima do valor dos ovos caipiras encontrado no varejo. Entenda o motivo disso!
Elsio Figueiredo, pesquisador na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves), explica que o consumidor que adquire os ovos de mesa produzidos por granjas profissionais vê incluído no valor da dúzia a ração feita em uma fábrica própria, insumos comprados em grande escala, animais com pouco peso e logística otimizada.
Enquanto isso, os ovos de Índio Gigante são fertilizados e produzidos em pequena escala por produtores artesanais, sem otimização de custos e logística, fatores que elevam os gastos com a produção.
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Além disso, a raça exige manejos mais complexos, afirma Carlos Lúcio de Souza, engenheiro de produção e produtor rural na Fazenda Galo Gigante, em Baldim (MG).
“A Índio Gigante é cara, e isso não inclui só ovos, mas a ave em si. Pela complexidade de realizar o processo de cruzamento, o custo é mais elevado. Sem contar que nem todos os ovos vão dar uma ave bonita e grande. Alguns são refugo. Eu diria que, de 100 pintinhos, apenas 10% irão se tornar aves de grande valor”, afirma.
O período de postura da galinha poedeira começa e a partir dos oito meses e pode durar até os três anos de idade. A média de ovos por ano é de 160 no caso da Índio Gigante, enquanto raças comerciais são preparadas para colocar até 250.
Conheça a galinha Índio Gigante
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De acordo com Rubens Braz, engenheiro agrônomo e avicultor na Avicultura Gigante, empresa localizada em Formosa (GO), as características específicas da raça ornamental também explicam seu valor de mercado.
A raça, consideradas tranquilas, nada agressivas e de fácil adaptação, apresenta pernas e pescoço longos, postura ereta, corpo alongado e mais fino e plumagem que varia entre penas pretas, brancas, vermelhas e cinzas. O tamanho é o que mais chama atenção.
Enquanto uma galinha comum tem cerca de 70 centímetros, a fêmeas Índio Gigante costumam ter 90 e os machos podem chegar até 1,25 metros. Em relação ao peso, a diferença também é considerável, com os galos pesando entre 6 a 8 quilos, e as fêmeas, de 4 a 5, 2 quilos a mais do que a média das poedeiras tradicionais.
Seus ovos, apesar do sabor e valor nutricional semelhantes aos caipiras, não costumam ser destinados à alimentação, somente quando apresentam defeitos na estrutura. Por exemplo, cascas fina, quebradas ou quando apresentam tamanho irregular.
No início do processo de modificação genética, na Ásia, a ideia era desenvolver uma ave de abate, mas, com o passar do tempo, tornou-se ornamental. Segundo Braz, não é possível encontrar carne resfriada ou congelada em supermercados. Quem faz este tipo de trabalho costuma atender apenas pequenas propriedades rurais e feiras. resfriada ou congelada em supermercados. Quem faz este tipo de trabalho costuma atender apenas pequenas propriedades rurais e feiras.
FONTE: GLOBO RURAL