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Bordando histórias: expedição em Minas Gerais une o turismo ao bordado

Arte manual é uma maneira de se reconectar com suas raízes, se desenvolver e gerar renda

Com delicadeza, mãos seguras e calejadas pelo tempo perfuram a agulha no tecido em repetidos movimentos. O olhar atento no vaivém da arte manual é quase uma terapia. Enquanto os pensamentos viajam por memórias e lembranças do passado, as linhas coloridas traçam elos com a trama e surgem daí o extraordinário. Em bordados delicados, nascem flores, paisagens, pássaros, igrejas e retratos que trazem a alma das bordadeiras de Minas, guardiãs de uma arte milenar, que fascina até os dias de hoje.  

Se pudéssemos definir o Brasil em um traço, ele com certeza seria um ponto de bordado. Assim como as linhas, agulhas e tecidos se entrelaçam para formar figuras e palavras, a cultura e a identidade brasileira se constroem na mistura de influências e histórias. Em cada canto do país, é possível enxergar essa diversidade, tanto cultural quanto natural. O bordado, além de ser uma forma de expressão artística e uma fonte de renda, também funciona como uma conexão com as raízes e uma prática terapêutica, grande aliado da psicologia. A técnica atravessa fronteiras e abre novos caminhos.

Saberes compartilhados

Projeto Bordadeiras do distrito de Córrego Ferreira, em Brumadinho, são reconhecidas mundialmente
Projeto Bordadeiras do Vale do Paraopeba, que trabalham no distrito de Córrego Ferreira, em BrumadinhoLeandro Couri/EM

Para preservar mais ainda a cultura brasileira e valorizar os saberes tradicionais, é necessário que o bordado continue existindo e sendo praticado, pois seu poder transformador enriquece e muda vidas. Em Minas Gerais, o Clube do Bordado busca e alcança isso com maestria. Nascido com a missão de valorizar o feito à mão, hoje, expandiu-se para a criação de produtos, cursos on-line e presenciais e conteúdos no YouTube, onde acumulam mais de 13 milhões de visualizações e possuem a maior comunidade de bordado no Brasil. 

“Aqui, compartilhar é verbo diário, e inspirar, nossa trama favorita. Cada ponto é um mapa, cada criação, um manifesto. No fazer com as mãos, desenhamos caminhos que levam sempre de volta ao coração. Não bordamos só tecidos, bordamos memórias, resgatamos o que as mãos sabem mas o tempo às vezes esquece. Somos linhas que unem gerações, tecem sonhos e cruzam destinos”, conta a cofundadora do Clube do Bordado, Vanessa Israel. 

Para unir o turismo sustentável à prática do bordado, Vanessa foi a agulha fundamental para costurar as duas linhas. ”Em maio de 2023 fiz a melhor viagem da minha vida. Desde então, fiquei imaginando como seria maravilhoso levar a galera do bordado para viver algo parecido com a experiência que transformou a minha forma de ver o mundo”, conta.

Desde então, o roteiro foi se desenhando e agora, Minas Gerais é palco da expedição “Bordando Histórias”, que passa pela Serra do Cipó e Belo Horizonte. O destino, idealizado pela Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil, é uma parceria com o Clube do Bordado, e de acordo com as palavras de Vanessa, “costura a natureza, comunidade local, arte, gastronomia e música”.

O roteiro de cinco dias é uma oportunidade de conhecer lugares desconhecidos dentro de si mesmo, seja pelo bordado ou pelas experiências vivenciadas nos locais. “Imergir na história de um lugar é sempre uma experiência transformadora, e dentro dessa vivência, ter contato com a natureza em áreas preservadas, pesquisar novas culturas e se encantar com lindas paisagens, possibilitará memórias e momentos inesquecíveis”, destaca Soraya Viana Saraiva, turismóloga e facilitadora Vivalá.

Prática do bordado e conexão 

Nossa Senhora do Rosário - Grupo Bordadeiras da Serra da Moeda lançam coleção sobre o Congado
Nossa Senhora do Rosário – Grupo Bordadeiras da Serra da Moeda lançam coleção sobre o CongadoMateus Lustosa/Divulgação

O contato com as comunidades locais é uma maneira de vivenciar culturas, gastronomia, aprendizados e, principalmente, levá-los consigo para as próximas experiências. Unir o bordado a um passeio por lugares-chave da história da capital mineira é uma oportunidade única de se inspirar e replicar as memórias e histórias em pontos e traçados da arte. A expedição é indicada para todas as idades e pessoas, até mesmo as que não sabem bordar e terão a oportunidade de aprender durante os cinco dias. 

“Essa Expedição é para todo mundo. Para quem borda e quer aprofundar seu conhecimento, para quem nunca pegou uma agulha na vida, mas quer experimentar algo novo, e para quem simplesmente deseja viver uma viagem transformadora. O Turismo Sustentável não exige ser especialista em algo, mas estar aberto ao aprendizado, à troca e à conexão com culturas que nos ensinam tanto. Ao unir o bordado com o Turismo Sustentável, criamos uma experiência única que valoriza saberes tradicionais e fortalece comunidades, enquanto proporciona aos viajantes um olhar renovado sobre o Brasil e sobre si mesmos”, ressalta Gustavo Fernandez, gerente de marketing e vendas da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.

Para Vanessa, do Clube do Bordado, a troca de experiências durante o roteiro não é detalhe, é a essência. “Tem algo de muito genuíno em se conectar com as comunidades locais, algo que não existe em nenhum outro roteiro de viagem – o que a Vivalá preparou pra gente é uma vivência impossível em outro contexto, pois não é apenas uma escolha, é um chamado. É como abrir uma janela e, de repente, perceber que o mundo é maior do que caberia em qualquer mapa. Os viajantes aprendem com comunidades locais, desenvolvem habilidades no bordado e têm a chance de levar seus próprios projetos para tirar dúvidas diretamente com as professoras do Clube do Bordado. Nessa viagem, o crescimento pessoal não é resultado, é o caminho”. 

O roteiro

Inhotim estará no roteiro programado para acontecer entre 18 e 22 de junho-Júlia Lanari/Divulgação

Inhotim estará no roteiro programado para acontecer entre 18 e 22 de junhoJúlia Lanari/Divulgação

Projeto Bordadeiras do Vale do Paraopeba, que trabalham no distrito de Córrego Ferreira, em Brumadinho-Leandro Couri/EM

Projeto Bordadeiras do Vale do Paraopeba, que trabalham no distrito de Córrego Ferreira, em BrumadinhoLeandro Couri/EM

Nossa Senhora do Rosário - Grupo Bordadeiras da Serra da Moeda lançam coleção sobre o Congado -Mateus Lustosa/Divulgação

Nossa Senhora do Rosário – Grupo Bordadeiras da Serra da Moeda lançam coleção sobre o CongadoMateus Lustosa/Divulgação

Também na Serra do Cipó, Quilombo do Açude será local de oficina-Leandro Couri/EM

Também na Serra do Cipó, Quilombo do Açude será local de oficinaLeandro Couri/EM

Os participantes do roteiro do bardado poderão explorar cachoeiras na Serra do Cipó-Vivalá/Divulgação

Os participantes do roteiro do bardado poderão explorar cachoeiras na Serra do CipóVivalá/Divulgação

Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, faz parte do roteiro turístico-Vivalá/Divulgação

Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, faz parte do roteiro turísticoVivalá/Divulgação

Roteiro em Minas Gerais é palco da expedição

Roteiro em Minas Gerais é palco da expedição “Bordando Histórias”, que passa pela Serra do Cipó e Belo HorizonteVivalá/DivulgaçãoVoltarPróximo

No primeiro dia, o grupo se encontra no aeroporto de Confins (MG) e se dirige para a Lagoa Santa. Após o almoço, é hora de visitar o Parque Estadual do Sumidouro e a Gruta da Lapinha, onde acontece uma curta trilha geológica, e o inspirador Museu Peter Lund. Em meio à natureza exuberante do local, os primeiros pontos de bordado ao ar livre são iniciados. 

Nos próximos dias de roteiro, a expedição se inicia após um belíssimo café da manhã. No dia dois, o grupo passa por uma imersão no Quilombo do Açude e na cultura quilombola. É neste dia que todos podem conhecer o Candombe em um ritual religioso de canto e dança, utilizando instrumentos sagrados, além de um divertido samba de senzala. 

Durante o terceiro dia, as bordadeiras ministram uma iniciação ao bordado para adolescentes de baixa renda ou mulheres atendidas por instituições parceiras Vivalá. No dia quatro, o grupo visita a Associação das Bordadeiras de Serra da Moeda, para participarem de uma oficina de bordado com as mulheres da associação, e o Instituto Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo. 

O último dia é reservado para conhecer um pouco mais sobre a história de Minas Gerais, ao visitarem o Palácio das Mangabeiras, a residência oficial do governo de Minas Gerais. Antes de se despedirem, o roteiro reserva um momento para a prática do bordado, percepções e trocas finais. “Não se trata apenas de traçar um roteiro ou juntar um grupo em uma viagem qualquer. É pensar em cada ponto, em cada detalhe, como quem desenha uma trama que conecta pessoas, histórias e paisagens. É criar um espaço onde o grupo se encontra, com o entorno, com as comunidades locais e, mais profundamente, consigo mesmo”, afirma a cofundadora do Clube do Bordado.

No pacote de cinco dias e quatro noites oferecidos pela Vivalá estão incluídos: hospedagem em Lagoa Santa e em Belo Horizonte; cafés da manhã, 1 almoço e 1 café da tarde; visita ao Parque Estadual do Sumidouro; Gruta da Lapinha e Museu Peter Lund; visita ao Quilombo do Açude, com oficinas culturais e roda de conversa; ida ao Museu do Bordado; kits de bordados para iniciação; ida à Associação de Bordadeiras da Serra da Moeda e oficina de bordado; visita guiada e motorizada ao Instituto Inhotim; visita ao Palácio das Mangabeiras; time de facilitação e condução Vivalá e seguro-viagem para todos os dias do roteiro.

A experiência completa tem um investimento a partir de 5x sem juros de R$ 772 no boleto ou R$ 3.860 à vista. Ainda há vagas disponíveis para a expedição Bordando Histórias, em Minas Gerais, com saída única que acontecerá de 18 a 22 de junho. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas, acesse:  https://www.vivala.com.br/expedicoes/bordando-historias.

Sobre a Vivalá

A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 27 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 1.584 famílias envolvidas na operação.

Com 16 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até o final de 2024, a Vivalá já embarcou mais de 5 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$ 6,5 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse: https://www.vivala.com.br/

FONTE: ESTADO DE MINAS

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