Criada em 1945 por opositores do nacionalismo de Getúlio Vargas, a UDN foi o principal partido de direita do país no período compreendido entre a Era Vargas e o Regime Militar. Com a instituição do bipartidarismo em 1966, surgiu o ARENA, herdeiro da UDN, composto também por partidários de outros partidos de centro e centro direita. Com o fim do bipartidarismo em 1979, o ARENA se tornou PDS, que sofreu uma cisão formada pela Frente Liberal, que apoiou Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985. Neste ano surgiram outros partidos como PDC, PTR e PST. Na década seguinte, PDC e PDS se fundiram dando origem ao PPR, enquanto PTR e PST deram origem ao PP. Posteriormente PPR e PP deram origem ao PPB que na primeira década de 2000 se tronou PP. Já o PFL, em 2007 se tornou DEM que em 2022 se fundiu com o PSL dando origem ao União Brasil, que desde 2023 busca se unir ao PP através de uma federação que pode resultar numa fusão, o que voltaria esses partidos a sua origem.
Depois de quase dois anos de negociação, Progressistas e União Brasil deram um importante passo para a criação de uma “superfederação” partidária que será anunciada no próximo dia 29, que reunirá 109 deputados federais, sendo 59 do União Brasil e 50 do Progressistas, superando a então maior bancada, a do PL, com 92 Deputados Federais. Já no Senado terá a terceira maior bancada com 13 Senadores, sete do União Brasil e seis do Progressistas, ficando atrás apenas das bancadas do PSD com 16 representantes e PL com 15.
Esta Federação de centro direita poderia ser maior, caso o Republicanos a integrasse trazendo 4 Senadores e 44 Deputados Federais, formando uma bancada de 153 Deputados e 17 Senadores. Nacionalmente o União Brasil é presidido pelo advogado Antônio de Rueda e o Progressistas pelo Senador Ciro Nogueira. O comando da Federação tende a ficar com o Deputado Federal e ex Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Quanto aos comandos das 27 direções nacionais, o União Brasil ficará com o comando nos Estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia. Já o Progressistas ficará com o comando nos Estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins serão comandadas pela cúpula nacional da Federação.
No plano Estadual, ambos os partidos compõem o Bloco Avança Minas de apoio ao Governo Zema. O Progressistas possui seis Deputados e o União Brasil três, o que levaria a quarta maior bancada do Legislativo Estadual, atrás de PL e PT com 11 Deputados cada e PSD com 10. Quanto a bancada Federal, o Progressistas possui três Deputados: Ana Paula Junqueira, Dimas Fabiano Júnior e Pinheirinho, que é o Presidente Estadual do partido. Já o União Brasil, possui também três Deputados Federais: Rodrigo de Castro, Rafael Simões e Delegado Marcelo Freitas, Presidente Estadual do partido. Quanto ao comando da Federação, este seria compartilhado em Minas Gerais e em outros oito Estados, enquanto cada partido teria o comando exclusivo em nove unidades federativas cada.
Em Conselheiro Lafaiete, nas últimas eleições municipais, Progressistas e União Brasil caminharam em chapas diferentes. O Progressistas apoiou a candidatura do atual Prefeito Leandro Chagas, além de eleger três Vereadores: Arlindo Leiteiro, Fernando Bandeira e Professor Oswaldo Barbosa. Já o União Brasil, apoiou a candidatura de Júlio Barros (PSOL-REDE), indicando para companheiro de chapa Harakén Franco, que ficou em segundo lugar além de não eleger representantes para o Legislativo Municipal.