Há mais de 50 anos, o rocambole doce, feito de pão de ló com doce de leite, faz parte da historia da cidade de Lagoa Dourada no território da Mantiqueira, próximo à cidade de São João Del-Rei. Hoje é a principal referência da região, e esta identidade gastronômica local se estabeleceu definitivamente a partir de 2009, quando foi criada a Festa do Rocambole que anualmente reúne todos os produtores desta iguaria. O evento recebe grande público vindo de todas as partes do estado para conhecer o “legitimo”, o “famoso”, o “inigualável”, e tantos outros que disputam a preferência dos viajantes que visitam esta doce cidade da Estrada Real.
A 13ª edição da Festa do Rocambole de Lagoa Dourada acontecerá de 6 a 8 de junho de 2025, integrando as comemorações dos 113 anos do município . O evento contará com diversas atrações culturais, shows musicais e, claro, a tradicional degustação e venda dos famosos rocamboles da cidade
Junho chega com muita cultura, história, sabores e alegria em Lagoa Dourada! São eventos diferentes, mas que juntos fazem desse mês um marco na nossa cidade.
- 1º de junho — Passeio Ciclístico, unindo esporte, lazer e energia da nossa gente.
- 2 a 5 de junho — Empreende Lagoa Dourada, valorizando o empreendedor local com palestras e conteúdos pra quem quer aprender, crescer e se inspirar. Oportunidade, troca e desenvolvimento pra nossa gente!
- A partir de 6 de junho — Começa a 13ª Festa do Rocambole e os 113 anos de Lagoa Dourada, com muita música, tradição e aquele sabor que é só nosso.
- 8 de junho — Para fechar com chave de ouro, o som dos motores invade a cidade com o Moto Fest, pra quem ama estrada, motores e boa companhia.

A História do Rocambole em Lagoa Dourada — O Doce que Virou Símbolo
Lagoa Dourada, pequena cidade mineira de encantos naturais e gente acolhedora, é conhecida em todo o Brasil por um doce que conquistou paladares e corações: o rocambole. Mas como esse simples doce se tornou o verdadeiro cartão-postal gastronômico da cidade?
A história começa há várias décadas, quando as receitas tradicionais de família começaram a ganhar destaque nas pequenas cozinhas locais. O rocambole — um bolo enrolado com recheios variados, que vão do doce de leite a frutas e chocolate — rapidamente conquistou quem provava pela textura macia, sabor delicado e a diversidade de recheios que encantam crianças e adultos.
Foi a partir dos anos 80 e 90 que os moradores começaram a produzir rocamboles em maior escala, aproveitando a crescente demanda dos turistas e visitantes que passavam pela região. A qualidade única, aliada ao jeito artesanal, fez com que o doce ganhasse fama além das fronteiras municipais.

Com o tempo, Lagoa Dourada abraçou essa tradição doceira. Surgiram feiras, exposições e eventos dedicados exclusivamente ao rocambole, reunindo produtores, chefs e fãs do doce. A partir daí, o rocambole passou a ser mais do que uma sobremesa — virou um símbolo da identidade local.
Hoje, a Festa do Rocambole é um dos eventos mais importantes da cidade, atraindo visitantes de Minas Gerais e de todo o Brasil para experimentar os mais variados sabores, conhecer a história por trás do doce e celebrar a cultura regional.
O rocambole representa, para Lagoa Dourada, a união entre tradição, família e a arte de transformar ingredientes simples em algo memorável — um verdadeiro orgulho local que coloca a cidade no mapa da gastronomia mineira e brasileira.
Lagoa Dourada: 113 anos de história
De acordo com o Wikipedia*, o povoamento local começou quando a bandeira comandada por Oliveira Leitão descobriu ouro de aluvião nas águas de uma pequena lagoa. Os primeiros mineradores a chamaram de Alagoa Dourada. Então, nasceu o povoado e as casas foram subindo a colina.
Por volta de 1717, a região já estava bem povoada e o arraial foi se formando com a chegada de novos oureiros. Em 1734, Dom Frei Antônio de Guadalupe ergue, então, uma capela dedicada a Santo Antônio. Em 1750, o arraial é elevado a Distrito da Paz.
O coronel Antônio de Oliveira Leitão construiu, por conta própria, um caminho novo que ligava São João del rei a Ouro Preto, passando pela então Alagoa Dourada, onde morava desde 1713. Demolida a antiga capela, construída em 1734, iniciou-se a construção da Matriz em 1850.


Muitos anos paralisada a obra da matriz foi reiniciada em 1899, tendo sido contratado o empreiteiro Augusto Buzatti, italiano que se mudou para cidade. Em 1832, o nome original de Alagoa Dourada é alterado para Lagoa Dourada, uma referência à lagoa ali existente, muito rica em ouro.
Após o esgotamento das jazidas auríferas, o arraial buscou alternativa na agricultura, principalmente milho e produção do leite. Em 1892, o distrito passou a pertencer a Prados e, em 1911, foi finalmente emancipado.
De seu passado, Lagoa Dourada preserva alguns casarões e igrejas com expressivos fragmentos da arte colonial mineira. A Igreja Matriz de Santo Antônio e a Igreja do Senhor Bom Jesus compõem o tradicional cenário urbano das cidades do interior de Minas.