O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 05 de junho, foi instituído em 1972, pela ONU, na Conferência Mundial do Meio Ambiente, em Estocolmo, capital da Suécia. A partir de 1995, as Conferências da Nações Unidas para o Meio Ambiente passaram a ser denominadas COP – Conferência das Partes, como resultado da adesão dos signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
Já estamos próximos da COP 30 que acontecerá no Brasil, em Belém, no estado do Pará, de 10 a 21 de novembro a 2025. As mudanças climáticas avançam mais do que nossas ações para contê-las. O tempo está ficando cada vez mais curto para nossas respostas, para salvar o planeta da destruição e do desparecimento total de todas as espécies. Um planeta sem nenhuma vida.
Muitas coisas boas têm acontecido ao longo destes anos. Muitas ações estão sendo realizadas. Já há uma maior conscientização sobre o tema. E cada vez mais elas vêm ganhando mais força, mais espaço, mais alcance. Todo dia é dia do meio ambiente. É o nosso dia. Nós somos o meio ambiente. Na verdade, o meio ambiente, a natureza, sobrevive muito melhor sem a nossa presença, sem a presença do ser humano. Nós é que não sobrevivemos sem o meio ambiente, sem a natureza. E por que somos tão cruéis com a nossa Mãe Terra, com a natureza, com a nossa Casa Comum? Todo crime cometido contra a natureza é cometido contra nós mesmos. Porque nós colocamos fogo e queimamos nossas florestas, nossos biomas? As árvores são uma fábrica de oxigênio que trabalham de graça para nós. Elas pegam o gás carbônico, que é nocivo para nós, e nos devolve ar limpo e puro para nossos pulmões. Quem queima vegetação é como se estivesse colocado fogo no próprio corpo, no nariz. A queima polui a atmosfera, aquece ainda mais o planeta, diminui o oxigênio para os seres vivos, altera o regime de chuvas, provoca seca de nascentes, de cursos d’água, de bacias hidrográficas, provoca enchentes, inundações e fome.
Nós do projeto Juntos para Servir temos trabalhado para preservar o planeta. Sempre lutamos pelo fortalecimento da agricultura familiar, pela produção orgânica e agroecológica, pela superação no uso dos agrotóxicos que matam, contaminam e exterminam a biodiversidade. Temos lei de nossa autoria que incentiva e promove a agricultura urbana e periurbana, que garante segurança alimentar e nutricional, gera renda e protege o meio ambiente, aproveitando áreas ociosas nas cidades e vilas.
Outra iniciativa com resultados práticos é o projeto 3715/2020, de nossa autoria, que cria o Programa Barraginhas e outras ecotécnicas. Barraginhas ou bacias de contenção são pequenas escavações feitas no solo para captar e água de chuva e reter as enxurradas, infiltrando a água no solo, favorecendo o reabastecimento do lençol freático, perenizando nascentes e cursos d’água. Temos projeto para proteção social e garantia previdenciária para os catadores de material reciclável. Temos destinado recursos para tratamento de esgoto em áreas rurais e em projetos que reforçam a coleta seletiva. Temos lutado contra a mineração predatória que mata e destrói, como aconteceu em Mariana e Brumadinho, e, ao mesmo tempo, lutamos pelos direitos dos atingidos e pela recuperação das bacias do Rio Doce e do Paraopeba que foram arrasadas.
Quanto tempo ainda temos para salvar a criação de Deus? Cada um precisa fazer a sua parte. Cada um pode e precisa plantar: plantar árvore nativa, planta árvore frutífera, plantar hortas, plantar plantas medicinais, plantar flores… Precisamos economizar, reaproveitar, reciclar e evitar o desperdício.
Viva o dia Mundial do Meio Ambiente. Viva o Papa Francisco. Viva a Laudato Si. E não ao Projeto da Devastação: PL 2159/2021.
Deputado federal Padre João