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EM ROTA DE COLISÃO: Vereadores disparam contra prefeito Sávio Fontes por falta de diálogo, coerência e citam isolamento do Governo

O clima de isolamento do Prefeito de Ouro Branco, Sávio Fontes, é cada vez mais latente. Até mesmo a base, fica constrangida em sua defesa diante de erros políticos na Casa Legislativa. È cada vez mais evidente a insatisfação com os desarranjos do gestor em 6 meses de governo. Ontem a noite (16), em uma decisão unânime, os vereadores de Ouro Branco derrubaram o veto do prefeito Sávio Fontes ao projeto de lei que garante preferência a comerciantes locais, como também entidades civis sem fins lucrativos, em vagas na venda de produtos e prestação de serviços durante festas públicas municipais, mesmo quando realizadas por meio de terceiros ou de parcerias. A medida, aprovada anteriormente na Câmara, visa valorizar a economia local, priorizando barraqueiros e prestadores de serviços da própria cidade em eventos financiados com recursos públicos. O veto do Executivo gerou revolta entre os parlamentares, inclusive entre membros da base do governo, revelando um ambiente de rebelião e descontentamento interno.

O presidente da Casa, Warley Higino (Republicamos), autor da lei, falou em falta de coerência por parte do Executivo e criticou duramente a postura da Prefeitura, já que o próprio edital do Carnaval previa preferência a trabalhadores da cidade. “Fica evidente uma contradição. Precisamos valorizar quem é daqui e movimenta a economia local”, afirmou. A prefeitura reconhece essa prioridade em editais, mas veta um projeto que formaliza isso? Precisamos ter compromisso com quem movimenta a economia local”, declarou.

A vereadora Nilma Aparecida (PT) fez um dos discursos mais duros da noite, denunciando o tratamento desrespeitoso do prefeito com o Legislativo. “O governo estipulou 10 a 15 minutos de atendimento aos vereadores. Estou há 80 dias aguardando uma reunião. Isso não é parceria. Isso é isolamento político”, afirmou, ao prometer votar contra todos os vetos enquanto não houver mudança de postura.

Neymar Magalhães (Cidadania) cobrou que o prefeito “reveja suas decisões” e tenha mais atenção com a população e os representantes eleitos. Já a vereadora Bruna D’Ângela (PV) classificou o veto como um erro e alertou que “decisões como essa enfraquecem a relação entre os poderes e desvalorizam a cultura local”. Branca Castilhão (União) reforçou a crítica ao afirmar que há uma falta grave de diálogo com os secretários municipais. “O veto vai na contramão da democracia. Fica aqui meu repúdio a essa forma de governar, sem ouvir, sem dialogar”, disse.

A sessão escancarou uma crise institucional entre a Prefeitura e a Câmara, com vereadores insatisfeitos com o que chamam de postura autoritária e distante do prefeito. A cobrança por mais diálogo, respeito e valorização das iniciativas locais ganhou força, e novos embates com o Executivo são esperados nas próximas sessões.

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