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Você atende e o dinheiro some: entenda o golpe do Pix que já fez milhares de vítimas este ano

Novo golpe do Pix usa “mão fantasma” para drenar contas em ligações falsas. Saiba como o golpe funciona e como proteger sua conta bancária no Brasil.

Um novo golpe do Pix está se espalhando de forma silenciosa e preocupante no Brasil, permitindo que golpistas esvaziem contas bancárias em minutos sem a vítima perceber até ser tarde demais. Conhecida como “mão fantasma”, essa modalidade de fraude se aproveita do medo e da confiança dos clientes em seus bancos, transformando uma simples ligação em um pesadelo financeiro. Só no início de 2025, quase 3,5 mil casos foram registrados no país, segundo a Kaspersky, reforçando o alerta sobre a importância de entender como funciona e por que é tão fácil cair nessa armadilha.

Como funciona a fraude da “mão fantasma”

Diferente dos golpes tradicionais que dependem de links suspeitos ou aplicativos maliciosos, a nova fraude do Pix se baseia em ligações telefônicas que imitam com perfeição o atendimento de centrais bancárias. O golpe começa quando a vítima recebe uma ligação de um suposto funcionário do banco, geralmente informando sobre transações suspeitas ou bloqueios de segurança, criando um clima de urgência que faz a pessoa baixar a guarda.

Durante a conversa, o golpista orienta a vítima a instalar um aplicativo de acesso remoto no celular, alegando ser necessário para corrigir o problema. Esses aplicativos são legítimos, usados em suporte técnico, o que faz a vítima acreditar que está realizando um procedimento seguro. É neste momento que a armadilha se fecha.

Com o acesso concedido, os criminosos assumem o controle do aparelho à distância, navegando pelo celular como se estivessem fisicamente com ele em mãos. A vítima assiste, muitas vezes sem compreender totalmente o que está acontecendo, enquanto o golpista acessa o aplicativo bancário e realiza transferências via Pix.

A cada comando, surge a sensação de que existe uma “mão invisível” manipulando o celular, executando as operações com rapidez e precisão. Daí o nome “mão fantasma”, que define bem o terror vivido por quem passa por essa experiência.

Por que este golpe do Pix é tão eficaz?

A eficácia do golpe da “mão fantasma” está no uso de técnicas de engenharia social que manipulam emoções como medo e urgência. Ao informar que a conta pode ser bloqueada ou que uma fraude está sendo investigada, os golpistas conseguem quebrar a resistência das vítimas e levá-las a seguir cada passo sem questionar.

Além disso, o uso de aplicativos conhecidos e legítimos para o acesso remoto diminui a desconfiança, e como o próprio dono do celular autoriza o acesso, os mecanismos de segurança tradicionais não conseguem bloquear a fraude.

Outro ponto que torna o golpe perigoso é a falsa sensação de controle por parte da vítima, que acredita estar resolvendo um problema real. Enquanto digita senhas ou confirma acessos para “verificação de dados”, está na verdade permitindo que o golpista finalize as transferências via Pix. Em muitos casos, quando a vítima se dá conta, o dinheiro já foi transferido e a conta bancária está praticamente zerada.

O que bancos e especialistas têm alertado sobre a “mão fantasma”

De acordo com especialistas em cibersegurança, como a equipe da Kaspersky, este golpe não se concretiza apenas ao receber a ligação, mas sim ao seguir as instruções do suposto atendente. Bancos e entidades de defesa do consumidor reforçam que nenhuma instituição financeira solicita instalação de aplicativos ou senhas via telefone, e qualquer ligação com esse tipo de solicitação deve ser imediatamente interrompida.

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Apesar disso, a naturalidade com que os criminosos conduzem a conversa e a urgência criada para forçar decisões rápidas são fatores que continuam fazendo novas vítimas diariamente no Brasil.

A recomendação dos especialistas é clara: ao receber qualquer ligação suspeita, a vítima deve desligar imediatamente e entrar em contato com o banco por meio dos canais oficiais antes de realizar qualquer ação no celular. Manter aplicativos bancários atualizados, utilizar autenticação de dois fatores e adotar senhas fortes são medidas que ajudam a reduzir o risco, mas não substituem a necessidade de atenção e cautela em situações de contato telefônico inesperado.

A importância de agir rápido caso caia no golpe

Caso perceba que foi vítima do golpe do Pix com “mão fantasma”, a orientação é agir rapidamente para tentar reverter os danos. É fundamental contatar imediatamente o banco para bloquear transações e acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode permitir a recuperação dos valores, dependendo do tempo e da situação da transferência. Também é necessário registrar um boletim de ocorrência, trocar senhas e monitorar a conta para identificar movimentações suspeitas.

O Pix trouxe praticidade e agilidade ao sistema financeiro brasileiro, mas também abriu portas para que golpes se tornassem mais rápidos e difíceis de rastrear. O golpe da “mão fantasma” reforça que a conscientização digital é uma das melhores defesas para o consumidor, mostrando que a proteção dos seus dados e da sua conta começa na atenção ao próprio comportamento, principalmente em situações que envolvem urgência e pressão emocional.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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