FIAT Tempra revolucionou o mercado nacional com tecnologia inédita e desempenho de destaque. Relembre sua trajetória!
A FIAT apresentou o Tempra ao mercado brasileiro em novembro de 1991, apostando em um sedã médio moderno para competir com modelos consolidados como Volkswagen Santana, Chevrolet Monza e Opel Vectra.
Produzido no Brasil até 1998 e com mais de 204 mil unidades vendidas, o carro se destacou como o primeiro sedã nacional com motor 16 válvulas, painel digital e versão turbo — novidades que marcaram época no segmento.
O lançamento também representou a estreia da montadora italiana em um segmento acima dos populares Uno e Prêmio, que dominavam suas vendas na época.
Mesmo em um mercado competitivo, o FIAT Tempra conquistou espaço com design europeu, bom pacote de equipamentos e tecnologias raras no Brasil do início da década de 1990.
Primeira geração (1991–1993) | Estilo europeu e motor 2.0 8V
A primeira fase do FIAT Tempra chegou equipada com motor 2.0 8 válvulas e carburador de corpo duplo, gerando 99 cv.
Disponível nas versões Prata e Ouro, oferecia câmbio manual de cinco marchas e itens de conforto pouco comuns no segmento, como direção hidráulica, vidros elétricos e travamento central nas versões superiores.
Para manter esse nível de conforto aliado à robustez necessária para as estradas nacionais, o modelo passou por adaptações específicas, recebendo suspensão traseira McPherson reforçada e retrovisores maiores.
Seu desempenho, com aceleração de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos e velocidade máxima de 175 km/h, já o colocava à frente de concorrentes diretos.
Segunda geração (1993–1996) | Injeção eletrônica e motor 16V
A partir de 1994, o FIAT Tempra recebeu injeção eletrônica monoponto SPI, elevando a potência para cerca de 105 cv e melhorando o consumo. Surgiram versões como SX e City, voltadas para atender desde o uso urbano até frotistas.
Por isso, o grande salto veio com o Tempra 16V, primeiro sedã médio nacional com motor multiválvulas, entregando 127 cv, 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e velocidade final acima de 200 km/h.
Em 1994, a Fiat lançou o Tempra Turbo 2 portas, com 165 cv, e no ano seguinte a versão Turbo Stile 4 portas, capaz de alcançar até 220 km/h. Essa fase consolidou o modelo como referência de desempenho no segmento.
Terceira geração (1996–1998) | Reestilização e reta final
Em 1996, o Tempra passou por seu último facelift, ganhando faróis redesenhados, novos para-choques e interior renovado. As versões foram rebatizadas como SX (8V), HLX (16V) e Turbo Stile.
No entanto, a concorrência cada vez mais acirrada fez as vendas diminuírem. Em 1997, a perua SW e a versão Turbo deixaram de ser produzidas, saindo de linha.
O encerramento da fabricação ocorreu em outubro de 1998, com unidades do ano-modelo 1999 sendo vendidas posteriormente.
Tempra SW (1993–1997) | A ousadia da perua tecnológica
Importada da Itália, a FIAT Tempra SW foi lançada em 1993 para disputar espaço com modelos como Volkswagen Quantum. Equipava motor 2.0 de 119 cv, painel digital e amplo porta-malas de 509 litros.
Era um dos poucos veículos nacionais a oferecer freios ABS e airbag, mas, apesar das inovações, não conseguiu atingir grandes volumes de vendas. Sua produção foi encerrada em 1997, antes mesmo da versão sedã.
O legado do FIAT Tempra
O FIAT Tempra deixou um marco na indústria nacional ao introduzir tecnologias inéditas e elevar o padrão de equipamentos no segmento médio.

Ao todo, foram 204.795 unidades produzidas no Brasil, consolidando o modelo como um dos mais emblemáticos da montadora nos anos 1990.
Mesmo após mais de duas décadas do fim de sua produção, o Tempra ainda é lembrado por entusiastas como um exemplo de ousadia tecnológica da Fiat no mercado nacional.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS