No sul de Minas Gerais, a 989 metros de altitude, um pequeno município se abre como um destino turístico pouco conhecido onde natureza, tranquilidade e história se encontram
No sul de Minas Gerais, escondido na Serra da Mantiqueira, a 989 metros de altitude, um pequeno município se abre como um destino turístico pouco conhecido onde natureza, tranquilidade e história se encontram: Aiuruoca, cujo nome deriva do tupi-guarani “casa do papagaio do peito roxo”.
Com pouco mais de seis mil habitantes, Aiuruoca fica aos pés do Pico do Papagaio, principal formação rochosa da Mantiqueira, e abriga parte do Parque Estadual da Serra do Papagaio, unidade de conservação com 25 mil hectares que cobre parcelas remanescentes da Mata Atlântica de altitude.

Créditos: Wikimedia commons
Integrante do circuito turístico Terras Altas da Mantiqueira, a cidade tem topografia acidentada e um clima ameno. É acessada pela rodovia AMG-1035, que parte da BR-267 e a conecta a outros municípios do interior, como Baependi e Itamonte.
Além de ser porta de entrada para o turismo natural — com cerca de 85 quedas d’água no entorno, das quais pelo menos 40 são abertas à visitação pelo público —, Aiuruoca tem mais de 300 anos de história marcados nas suas casas e fazendas antigas, travessas de pedra e festas tradicionais de época, como o festival religioso da Semana Santa.
A culinária é a tradicional mineira, e a cidade se destaca pela produção do queijo prato, introduzida ali por imigrantes dinamarqueses na década de 1920.
Os destaques de visitação natural são as cachoeiras altas da Mantiqueira, como a Cachoeira dos Garcias, cuja queda tem 30 metros e que forma, embaixo, um poço ideal para banho. Ela já foi considerada uma das mais bonitas do Brasil e forma ainda outras quedas, como as dos Zé Pedro, Esperança e Tiziu.

Créditos: Wikimedia Commons
No Vale do Matutu, bairro ideal para caminhadas, fica o Casarão do Matutu, uma propriedade de 1904 aberta à visitação, onde uma vendinha oferece produtos regionais, como pães, bolos e café; no entorno, trilhas entre 300 e 600 metros dão acesso às cachoeiras próximas: a Cachoeira das Fadas, a Cachoeira do Meio e a Cachoeira do Fundo, com 130 metros de altura.

Créditos: Wikimedia Commons
O símbolo da cidade é o Pico do Papagaio, a 2.105 metros de altura, o ponto mais alto do parque. A trilha até o topo leva cerca de quatro horas e passa por campos rupestres antigos. Pode ser feita a partir do Vale dos Garcias ou do Retiro dos Pedros, dentro do parque.
Lá é possível, ainda, praticar atividades de escalada e rapel, trekking e observação de aves. Para quem gosta de aventura, a travessia pode durar dias em trilhas do parque que exigem a presença de guias e contam com infraestrutura para acampamento (como chalés), de acordo com o Instituto Estadual de Florestas.

Créditos: Wikimedia Commons
Em geral, o melhor período para as trilhas é durante o outono e o inverno, em que não há ocorrência de chuvas. Para aproveitar as cachoeiras, é mais recomendável ir durante a primavera e o verão, quando os poços ficam com um volume maior de água.
As trilhas são gratuitas ou de baixo custo, e o parque não tem taxa de entrada. As hospedagens costumam ser em conta, e há guias locais para auxiliar no trajeto, informa o Portal Minas Gerais.
FONTE: REVISTA FORUM